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Mais de 80% dos alimentos em publicidade para crianças não são saudáveis
Criado em 29/08/13 14h31
e atualizado em 29/08/13 15h21
Por Bruna Ramos
Edição:Allan Walbert
Fonte:Portal EBC
Nos dias atuais, 50% da publicidade dirigida para as crianças trata de alimentos. E dentro deste montante, mais de 80% dos produtos não são saudáveis. Os dados, apresentados pela senadora Ana Rita (PT-ES), serviram de base na argumentação da audiência pública que debateu a regulação da publicidade de alimentos dirigida a crianças. A reunião aconteceu na manhã desta quinta-feira (29), no Senado Federal
“Quando a gente analisa essa exposição muito grande dos alimentos não-saudáveis – com excesso de açúcar, sal e gordura – [percebemos que] posteriormente vai levar a criança a desenvolver obesidade”, aponta a professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), Renata Alves Monteiro. Segundo ela, além de expor crianças a doenças crônicas não transmissíveis, a obesidade pode se estender até a vida adulta.
O assunto, de acordo com o professor da UnB, Fernando Paulino, é polêmico. “Durante muito tempo essa temática foi embairrerada”, afirma. Embora o assunto esteja sendo debatido em diversas frentes no Congresso Nacional, nenhuma regulamentação específica foi aprovada.
Publicidade infantil
Para tentar viabilizar políticas públicas na exposição de crianças à publicidade de alimentos, o Instituo Alana lançou durante a audiência o livro 'Publicidade de Alimentos e Crianças – Regulação no Brasil e no mundo'. A publicação traz referenciais comparativos sobre o tema em diversos países. “Com informações de outros países, que têm democracia consolidada e apresentam já na sua legislação alguma forma de regulação deste tema, talvez o nosso país possa agregar conhecimento para implementar uma legislação mais rigorosa”, explicou Isabella Henriques, diretora do Instituto.
Para especialistas no assunto, a publicidade de alimentos voltada às crianças deveria ser banida. Os menores de 12 anos são mais vulneráveis que qualquer outro consumidor. Além disso, esse público possui 70% do poder de decisão de compra dentro do seu núcleo familiar.
Edição: Allan Walbert
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