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Imagem: AdinaVoicu / Pixabay

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Comer sozinho, falar as primeiras palavras: o que o bebê de um ano já consegue fazer?

Criado em 29/03/16 16h26 e atualizado em 29/03/16 16h43
Por Toda Criança Pode Aprender

Após ter tido muitas experiências a partir da observação, dos movimentos do corpo, da experimentação dos objetos e da relação com as pessoas, o bebê de um ano já foi capaz de conquistar muitas habilidades e de compreender melhor o mundo à sua volta.  Ele consegue comer sozinho, dar alguns passos, compreender ordens e pedidos, falar algumas palavras, identificar algo pelo nome e encaixar um objeto no outro. Também já reconhece as principais pessoas de sua convivência e se sente seguro na presença delas. Ao mesmo tempo, pode demonstrar desconforto ou timidez com desconhecidos.

Embora o bebê tenha avançado muito em seu desenvolvimento, os adultos cuidadores ainda terão um papel importante de mediadores entre ele e o mundo. Suas atitudes e gestos serão observados como referência pela criança, que tentará imitá-los.

Nesta fase mais independente, o bebê pode tolerar a ausência de seus principais cuidadores por algum tempo. Isto ocorre, pois agora a criança possui mais recursos para aguentar esperar pela satisfação de suas necessidades. Além disso, ela construiu uma relação de confiança com os adultos que são responsáveis por seus cuidados ao observar certa consistência em sua presença.

Curioso com o “aparecimento” e “desaparecimento” das pessoas amadas,  o bebê irá exercitar a separação e o reencontro a partir de brincadeiras. Uma delas, frequentemente observada nessa idade, é lançar um objeto longe e esperar que seja devolvido. Quando novamente em posse do objeto, a criança irá arremessá-lo uma vez mais, divertindo-se desta maneira por um bom tempo. Estas aproximações e distanciamentos do objeto são uma forma de elaborar os sentimentos mais complexos que experimentará em relação aos cuidadores quando estes se ausentarem e retornarem depois.

Além disso, o bebê perceberá que certos atos que realiza são destrutivos e machucam ou magoam as pessoas que ama. Assim, ele poderá se preocupar com os “desaparecimentos” pensando ter feito algo para afastar seus cuidadores. A agressividade é um aspecto fundamental da independência e da afirmação da própria personalidade, de forma que é desejável em certa medida.  É preciso que os adultos sejam capazes de suportar estas manifestações da criança, mostrando a ela que são fortes o suficiente para aguentá-las. É também importante que aceitem seu movimento de reparação, ou seja, de tentar consertar aquilo que fez com atitudes positivas. Este processo é algo que acontecerá ainda por muitos anos na vida da criança e irá ajuda-la a criar autoconfiança, a diferenciar a violência e a agressividade e a perceber seu poder de construção e de destruição.

O corpo da criança também terá se modificado bastante quando ela completa um ano. Assim, ela será capaz de testar novos movimentos e experimentar o equilíbrio corporal em novas posições. Estará muito empenhada em aprender a andar, mas só conseguirá desenvoltura para fazê-lo com cerca de um ano e meio. No início, para equilibrar-se, andará com auxílio dos braços (que ficam para cima). Depois, à medida que se sentir segura, começará a baixá-los.

Percebemos que o primeiro ano de vida é extremamente importante no desenvolvimento, pois dá base para o aprendizado de habilidades e repertórios mais complexos. Cada bebê irá viver estas etapas de crescimento em um ritmo e de uma maneira particular e é esperado que haja diferenças individuais. É muito importante respeitar essas diferenças e valorizar aquilo que é potente na criança, dando segurança a ela para continuar crescendo.

É preciso ter em mente que o desenvolvimento é um processo integrado, que diz respeito a todas as áreas da vida. O corpo, a psique, o intelecto, a linguagem, a motricidade e as emoções serão fatores que atuarão conjuntamente na compreensão do mundo e constituição de cada um.

Creative Commons - CC BY 3.0

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