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Entenda a hantavirose, transmitida por roedores silvestres infectados

Criado em 13/05/15 11h37 e atualizado em 13/05/15 11h51
Por Blog da Saúde

Não é muito comum conhecer alguém que tenha tido hantavirose, não é mesmo? A doença é difícil de ser suspeitada pelos médicos, já que inicialmente os sintomas são a febre, dor no corpo e dor de cabeça, que podem ser comum a outras doenças. A hantavirose está associada à Síndrome Cardiopulmonar Pelo Hantavírus (SCPH) e à Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR).  A maioria dos pacientes acometidos necessita de assistência hospitalar.

Em 2014 foram confirmados 74 casos da doença no país e 26 óbitos, por isso a grande preocupação é a taxa de letalidade, cuja média é de 46,5%.

A SCPH foi detectada, pela primeira vez, no sudoeste norte-americano, em 1993. Na América do Sul, os primeiros casos foram diagnosticados no estado de São Paulo, no município de Juquitiba, em novembro de 1993. Em algumas regiões do Brasil, observa-se um padrão de sazonalidade, possivelmente decorrente da biologia e comportamento dos roedores infectados.

Após os primeiros sintomas, que podem durar de 3 a 6 dias, a doença pode ir para a segunda fase, chamada de cardiopulmonar que é caracterizada pelo início da tosse, acompanhada por taquicardia, podendo evoluir para edema pulmonar. Na terceira fase da doença, chamada de diurética, ocorre a reabsorção do líquido do edema pulmonar, e a resolução da febre e do choque. A quarta fase, de convalescença, pode durar de duas semanas a dois meses nos casos mais graves, caracterizada pela prostração. O paciente deve ser acompanhado pelo profissional de saúde para avaliação de futuras sequelas como hipertensão, insuficiência renal crônica e outras.

Apesar de a hantavirose ser registrada em todas as regiões brasileiras, o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste concentram o maior percentual de casos confirmados. As infecções ocorrem principalmente em áreas rurais, em situações ocupacionais relacionadas à agricultura, sendo o sexo masculino com faixa etária de 20 a 39 anos o grupo mais acometido.

Locais fechados, ou a poeira gerada pela atividade humana ao lavrar a terra, limpeza de paióis, casas ou porões contaminados, quando infestados de roedores, são ambientes de risco para a transmissão.

Os roedores silvestres se contaminam também pela inalação das partículas de poeira contaminadas por excretas e também por mordeduras de outros roedores. A doença é transmitida por meio da inalação de pequenas partículas do ar formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores silvestres infectados.

Para se prevenir é preciso garantir práticas de higiene, saneamento básico e evitar contato com ambientes contaminados por roedores, além da cautela com o manejo ambiental, fatores que impedem a aproximação desses animais no dia a dia das pessoas. Algumas ações de combate, como roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores, ajudam a manter a área livre da presença dos roedores e evita sua interação com o homem, principalmente em locais onde é conhecida a presença desses animais.

Creative Commons - CC BY 3.0

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