one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Uso de camisinha é dispensado por 46% da população no Sudeste, diz pesquisa

Criado em 09/02/15 18h28 e atualizado em 09/02/15 18h30
Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição:Jorge Wamburg Fonte:Agência Brasil

Embora 93% da população da região Sudeste soubessem, em 2013, que a camisinha é a melhor forma de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, 46% da população ativa sexualmente da região não usaram o preservativo em todas as relações sexuais dos doze meses anteriores, de acordo com a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), que ouviu 12 mil pessoas de 15 a 64 anos, em todo o país.

O índice de pessoas que, no Brasil, usaram camisinha em todas as relações sexuais, segundo a pesquisa, subiu de 48% para 54% entre 2004 e 2013, mesmo com 94% da população sabendo que o dispositivo é a melhor forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e Aids. A pesquisa levou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a afirmar que é necessário campanhas de testagem para combater a epidemia de HIV.

Para o ministro, que participou hoje da divulgação da campanha contra DSTs/Aids no Rio de Janeiro, esse quadro mostra que o combate à epidemia não pode se restringir a estimular o uso da camisinha: "Para a mudança de comportamento, não basta apenas ter informação. Não vamos desistir de trabalhar intensamente o uso do preservativo e da camisinha, tanto masculina como feminina. Mas não podemos olhar esses dados da pesquisa nacional, e dos pesquisadores das universidades e ONGs, e continuar insistindo que só a camisinha dá conta de enfrentar a epidemia de Aids", disse Chioro.

Para ampliar o combate à doença, o ministro da Saúde defendeu campanhas de testagem, para que pessoas já soropositivas descubram que têm o vírus e iniciem imediatamente o tratamento, que, se realizado corretamente, pode fazer com que a presença do vírus seja reduzida a um patamar que deixa de ser transmissível.

A cantora Preta Gil participou da divulgação da campanha e disse que vê em muitos jovens certa indiferença pela doença: "Para a geração nova, é como se a Aids não existisse, é como se tivesse desaparecido", comentou, referindo-se a jovens que adotam comportamento de risco, apesar de estarem informados sobre as formas de prevenção. Chioro concordou e declarou que, além do comportamento de risco, aumentou o número de parceiros sexuais ao longo da vida do brasileiro.

"O jovem de hoje não tem a mesma visão da dramaticidade que foi a infecção por HIV na população. Não viu seus heróis e personalidades públicas morrerem de Aids e são beneficiários da luta e do tratamento. Ao mesmo tempo, além de já não terem a mesma visão, adotam hábitos muito mais liberais do ponto de vista dos parceiros sexuais. Não podemos desconhecer essa realidade, que indica a necessidade de estender a estratégia".

De acordo com a pesquisa, de 2004 para 2013, subiu de 18% para 49% o percentual de brasileiros que têm mais de 10 parceiros sexuais ao longo da vida. Segundo o ministro, a PCAP diz ainda que, na região Sudeste, esse percentual chega a 70%, e cresce ainda mais se levada em conta apenas a população mais jovem. A pesquisa completa será divulgada ao longo do ano.
 

Editor Jorge Wamburg
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário