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Greve de garis está perto de acordo no ABC paulista

Criado em 31/03/15 18h38 e atualizado em 31/03/15 18h40
Por Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Sem acordo definitivo, uma terceira audiência de conciliação entre sindicatos dos trabalhadores de limpeza pública e das empresas urbanas de São Paulo foi marcada para a próxima segunda-feira (6). Apesar da nova data, uma negociação paralela entre as prefeituras da região do ABC paulista e empresas de coleta de lixo, que permite reajuste salarial de 9,83% para garis de seis municípios, pode fazer com que o serviço retorne a estas cidades ainda hoje (31). A ideia do sindicato dos trabalhadores é que o mesmo percentual seja alcançado nos demais municípios. Até o momento, a entidade patronal oferece 8,5% para os empregados das outras cidades.

“Não há compromisso formal de retornar agora às atividades, mas acredito, sinceramente, na disposição dos dirigentes sindicais de retomar o trabalho ainda hoje, no turno da noite”, avaliou o desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Segundo ele, seis dos sete prefeitos do ABC apontaram possibilidade de aditar os contratos com as empresas para permitir o aumento. “Além do percentual de 7,68%, oferecido inicialmente pelas empresas, eles concederiam um incremento de 2%. Os empregados já tinham aceitado um reajuste de 10%, então estava próximo do que eles estavam aceitando”, explicou.

Roberto Santiago, presidente da Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes de São Paulo, disse estar confiante no fechamento do acordo para a região do ABC, excluindo-se a cidade de Rio Grande da Serra, que não compõe o sindicato citado na ação. “A expectativa é de fazermos assembleia agora, e o turno noturno voltar a trabalhar”, apontou. Os municípios do ABC têm cerca 6 mil garis. “É a área em que a greve tem mais visibilidade, porque se enxerga mais o volume de lixo. Mas se for para Osasco, Cotia, Taboão da Serra, Barueri, as cidades também estão paradas”, avaliou.

O presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana de São Paulo (Selur), Ariovaldo Caodaglio, teme que as prefeituras não repassem o percentual com o qual estão se comprometendo agora. “Nossa dúvida é que esse repasse fique na promessa”, declarou. Segundo ele, no ano passado, o percentual de reajuste no contrato não contemplou o percentual a mais dado aos empregados. O desembargador, no entanto, destacou que essa negociação pode constar no processo judicial. “Isso é inusitado, mas nada impede que venha para os autos e seja objeto de homologação”, explicou Fernandes.

O representante dos trabalhadores avalia que a negociação foi satisfatória para a categoria do ABC. “Estávamos pedindo 11,73%, obviamente estamos buscando a negociação. Melhorou muito [mais] do que as empresas propuseram, que começou com 6,5%. Portanto, é um meio termo que interessa aos trabalhadores e a toda sociedade”, avaliou. Outras cidades do interior paulista – como Guarulhos, Piracicaba, Araçatuba e Itanhaém – continuam com os serviços de coleta paralisados. O movimento atinge 130 municípios paulistas.

Editor Stênio Ribeiro
Creative Commons - CC BY 3.0

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