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Rio abre evento-teste olímpico de hipismo e garante que mormo não ameaça cavalos

Criado em 06/08/15 18h08 e atualizado em 06/08/15 18h10
Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição:Jorge Wamburg Fonte:Agência Brasil

No primeiro dia do evento-teste do Centro de Hipismo, no Complexo Esportivo de Deodoro, o presidente do Comitê Rio 2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, disse hoje (6) estar em uma "posição absolutamente segura" quanto à realização da competição, que ocorre na mesma região onde cavalos com suspeita de mormo, doença infecto-contagiosa e letal de eqüinos, estão sendo examinados por veterinários do governo fora da área de competições e próximas à Escola de Equitação do Exército.

"A Federação Internacional aprovou a realização das competições. Nós estamos em uma posição absolutamente segura", disse o presidente, que pediu à gerente de serviços veterinários do Rio 2016, Juliana Freitas, para explicar informações mais específicas.

Segundo a gerente, as medidas de precaução tomadas prepararam o evento para o improvável: "A melhor maneira de evitar a doença de cavalo em uma instalação é não tendo cavalo", disse ela, explicando que os organizadores adotaram o "vazio sanitário" de seis meses recomendado pela Organização Mundial pela Saúde Animal (OIE, sigla em inglês). "Há seis meses, não existe cavalo dentro da instalação. Se não tem cavalo, não existe doença de cavalo", reiterou. Os exames nos cavalos do Exército estão sendo realizadps por veterinários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Juliana contou que houve questionamentos "normais" de federações internacionais, principalmente por desconhecerem o terreno, e que as regras internacionais foram seguidas pela organização. Alguns dos cuidados incluem a restrição do acesso às cocheiras e a proibição que pessoas toquem desnecessariamente nos cavalos que participam do evento-teste.

Ao todo, 20 conjuntos de animais e cavaleiros vão participar das competições do evento-teste, que terá competições de adestramento, salto e cross-country, que consiste na conclusão de um percurso com obstáculos. Todos os atletas inscritos são brasileiros, o que, segundo Juliana, ocorreu por conta do custo alto do transporte de animais de locais como Europa e Estados Unidos para o Brasil. "Os cavaleiros estão vindo para observar a ação", informou.

O diretor de Esportes da Rio 2016, Rodrigo Garcia, afirmou que o evento vai usar 80% da área de 1 milhão de metros quadrados do Centro de Hipismo, que tem estruturas aproveitadas dos Jogos Pan-Americanos de 2007. "[os observadores internacionais] estão extremamente satisfeitos. O que estamos apresentando aqui é um test event [evento-teste] nível 2, do jeito que ele deve ser", afirmou Rodrigo.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que participou da apresentação, também ressaltou que a execução em Deodoro superou incredulidade e falta de confiança causadas pelo estágio das obras no ano passado: "Deodoro foi uma espécie de crise nas Olimpíadas. Talvez tenha sido a grande crise que a gente tenha tido". 

No evento, serão testados serviços prestados aos atletas, como informações, banheiros e alimentação, e também a clínica veterinária, que ainda não está concluída e será aberta temporariamente para o teste. Com o fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a estrutura deve ficar para o Exército Brasileiro, que é dono do terreno do Centro Olímpico de Hipismo.

As competições serão realizadas a partir de amanhã e vão até domingo, quando também deve haver premiação. O evento é fechado ao público. Segundo o presidente do COB, o hipismo é um  esporte em que há grande confiança no desempenho dos atletas nos Jogos Olímpicos. "É um dos esportes em que temos uma confiança muito grande. Pelo trabalho da confederação e dos cavaleiros. E aqui é um palco que eles já conhecem do Pan-Americano. Esperamos que a gente tenha um grande resultado".


 

Editor Jorge Wamburg
Creative Commons - CC BY 3.0

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