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Rio de Janeiro - A Vila Kennedy, na zona oeste da cidade, é ocupada por policiais militares para implantação de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora

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CPI da Assembleia do Rio vai investigar os autos de resistência no estado

Criado em 27/10/15 18h40 e atualizado em 07/07/16 14h52
Por Agência Brasil Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil

A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro instalou nesta terça-feira (27), uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os autos de resistência, como são conhecidos os homicídios decorrentes de intervenção policial. O objetivo, segundo o presidente da comissão, deputado estadual Rogério Lisboa (PR), é contribuir para uma polícia mais humana, na qual a sociedade tenha admiração pelo policial e pela instituição.

"Esta CPI não quer levantar qualquer tipo de calúnia ou ameaça a qualquer instituição policial, mas quer contribuir para que este modelo feito hoje, que é ultrapassado, não estimule a indústria da morte."

Lisboa explicou ainda que um dos objetivos é investigar a baixa solução dos autos de resistência. A comissão vai convidar autoridades da área de segurança para auxiliar os parlamentares a resolver o problema do alto número de homicídios cometidos por policiais no estado.

O deputado relatou que a motivação para a instalação da CPI veio após o relatório Você Matou meu Filho, da ONG Anistia Internacional, que revelou que 8.466 pessoas foram vítimas de homicídios decorrente de intervenção policial no estado do Rio de Janeiro entre 2005 e 2014.

Lisboa classificou o número como absurdo, principalmente quando comparado ao de outros estados. “Esses dados nos alarmaram e eu apresentei o projeto de resolução que foi aprovado no plenário [no dia 7 de outubro]”.

O deputado citou o caso da morte da jovem Haíssa Vargas Motta, de 22 anos, baleada nas costas por um policial militar (PM), em Nilópolis, na Baixada Fluminense, na madrugada do dia 2 de agosto do ano passado, como um exemplo do “absurdo dessa cultura que vem do auto de resistência”.

No caso, os policiais militares Márcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira, iniciaram uma perseguição ao carro onde estava Haíssa, um Hyundai HB20, até abrirem fogo contra o veículo. “Eu acho que isto é um símbolo deste tipo de conduta que permeia a nossa polícia.”

A comissão vai convidar, entre outros, o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alberto Pinheiro Neto, e o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, para auxiliarem os parlamentares a encontrar uma solução para os autos de resistência.

A comissão vai chamar também o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, o presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Fernando Ribeiro, e a presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP), Joana Monteiro.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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