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Imagem: TV Brasil

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Notícia precisa entreter para chamar a atenção, diz Zygmunt Bauman

Criado em 15/10/15 21h33 e atualizado em 16/10/15 10h31
Por Da Agência Brasil Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, autor de 35 livros, entre eles Amor líquido, disse que, atualmente, a notícia, para chamar a atenção do público, precisa entreter. Ele constata que a mesma situação ocorre na área da educação e exemplifica que as universidades também precisam oferecer produtos que entretenham os alunos, cada vez mais dispersos e desfocados por causa do bombardeamento diário de milhares de informações por meio dos veículos de comunicação e da internet.

“A habilidade de focar está muito difícil, está desaparecendo, e requer paciência e atenção. Nosso obstáculo é o excesso de informação”, afirmou Bauman, em entrevista ao jornalista Alberto Dines, no programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, nesta quinta-feira (15). 

Confira o programa na íntegra.

Aos 89 anos, Bauman é um dos intelectuais mais respeitados da atualidade. Perseguido por práticas antissemitas, em sua obra ele denuncia a perseguição e morte dos judeus no Holocausto, durante o regime nazista que vigorou na Alemanha.

O sociólogo também é conhecido por analisar as relações dos tempos modernos e trouxe o conceito de modernidade líquida, onde nada é feito para durar, e os relacionamentos são frágeis e sem maiores compromissos com vínculos.

Para Bauman, os tempos atuais na economia trazem “estados permanentes de suspeição e de competição” nas empresas porque quem ainda continua empregado precisa de vigilância constante para não ser o próximo demitido em vez de se unir a outros colegas para questionar os empregadores.

“O indivíduo é obrigado a achar soluções individuais para problemas coletivos”, disse. Porém, ressaltou: “Sou um pessimista no curto prazo e um otimista no longo prazo”.

Sobre o Brasil, afirmou que o país é um “milagre inacabado” com a retirada de milhões de pessoas da pobreza, entretanto, destacou que há deficiências ainda a serem enfrentadas.

Creative Commons - CC BY 3.0

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