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O prédio, que deverá ser demolido para as obras de modernização do complexo esportivo do estádio para a Copa do Mundo de 2014, está ocupado desde 2006 por cerca de 30 índios, que ali fundaram a Aldeia Maracanã

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Defensor público quer manter indígenas em prédio do antigo Museu do Índio

Criado em 29/01/13 12h15 e atualizado em 07/07/16 14h20
Por Agência Brasil Edição:Graça Adjuto

Antigo Museu do Índio
Prédio está ocupado desde 2006 por cerca de 30 índios, que ali fundaram a Aldeia Maracanã (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

Rio de Janeiro – Um documento sobre a situação dos índios da Aldeia Maracanã, que ocupam o prédio do antigo Museu do Índio, será entregue hoje (29) pelo defensor público da União André Ordagcy às secretarias estaduais da Casa Civil e de Assistência Social do estado. O documento propõe o diálogo entre os ocupantes do prédio e o governo do Rio.

O defensor é autor de ações civis públicas, uma delas para a permanência do povo da Aldeia Maracanã no local. Em nota divulgada ontem (28), o governo fluminense desistiu de demolir o prédio, que fica ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Segundo a nota, o prédio será reformado e tombado. Mas, de acordo com o defensor, o governo ainda insiste que haja uma desocupação do local pelos indígenas que vivem lá desde 2006.

Assista reportagem da TV Brasil:

Creative Commons - CC BY 3.0 -

“O governo está acenando com um espaço que fica a 1,5 quilômetro do museu, na Quinta da Boa Vista. Só que é um local que ainda será reformado. O governo está sendo bem vago sobre quando esse local estará pronto e que garantias vai dar para que os índios possam ir para lá. Também não é exatamente o interesse dos índios. Seu interesse é permanecer no imóvel e participar desse Centro Cultural Indígena, que seria mais adequado ao prédio histórico”, esclareceu Ordacgy.

O governo pretende construir um Centro de Referência da Cultura de Povos Indígenas, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio, e criar o Conselho Estadual de Direitos Indígenas. A Secretaria de Assistência Social informou que irá prestar toda a assistência necessária, inclusive oferecendo transporte para retorno às aldeias de origem ou abrigos estatais.

“Não sei dizer se interessa aos índios. Em princípio, eles repudiaram. A ideia deles é permanecer naquele local, até porque hoje são os legítimos proprietários, já que usucapiram [adquiriram por uso] o antigo Museu do índio”, disse o defensor.

A decisão de reformar e tombar o museu foi tomada depois que a Justiça, em caráter liminar, no dia 26, impediu a demolição do edifício, que tem 150 anos. Em nota divulgada ontem (28), o governo do Rio informou que “o estado ouviu as considerações da sociedade a respeito do prédio histórico, datado de 1862, analisou estudos de dispersão do estádio e concluiu que é possível manter a construção no local. O destino do prédio, após o tombamento, será discutido conjuntamente pelo governo do estado e a prefeitura do Rio", diz a nota.

Edição: Graça Adjuto

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