one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Tráfego de embarcações de carga na Hidrovia Tietê-Paraná continua interrompido

Criado em 27/03/13 17h52 e atualizado em 27/03/13 20h22
Por Pedro Peduzzi Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

Brasília – Pelo menos 48 barcaças de carga estão paradas na Hidrovia Tietê-Paraná devido ao acidente ocorrido na última sexta-feira (22), quando a embarcação Mepla 4 colidiu com uma torre de transmissão de energia. O impacto acabou derrubando mais seis torres, mas não houve apagões porque automaticamente a transmissão de energia foi redirecionada para as demais linhas do sistema interligado. A Capitania Fluvial Tietê-Paraná informou que o acidente não fez vítimas nem resultou em qualquer tipo de poluição ambiental.

De acordo com o capitão dos portos da Hidrovia Tietê-Paraná, Márcio Costa Lima, a retomada do tráfego de embarcações pela hidrovia depende da retirada dos cabos de energia do local. O trabalho está sendo feito pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep). A previsão da companhia é de que o trabalho seja concluído no dia 3 de abril, “dependendo das condições climáticas e do grau de dificuldade para tração dos cabos”. A recuperação das linhas e das torres mobilizam mais de uma centena de engenheiros e técnicos da Cteep.

A Cteep ainda não tem uma estimativa dos prejuízos causados pelo acidente. A companhia informou que o valor total será contabilizado posteriormente, “uma vez que em uma obra emergencial é impossível prever todos os gastos”. A Cteep manteve contato com a empresa responsável pela embarcação (ADM/Sartco) para discutir o quem será responsabilizado pelos danos.

O acidente provocou um grande engarrafamento de embarcações na hidrovia por onde passam anualmente, segundo a empresa, 6 milhões de toneladas de cargas. “Na última averiguação vimos que já havia 12 comboios, cada um deles composto por um empurrador e quatro barcaças de carga, aguardando a liberação da hidrovia. Ou seja: há uma fila de pelo menos 48 barcaças aguardando passagem”, disse Costa Lima à Agência Brasil. Segundo ele, a Capitania Fluvial Tietê-Paraná iniciou as investigações no mesmo dia em que o acidente aconteceu.

“O que posso adiantar é que, dentro do fator humano, já vimos que, basicamente, a contribuição parece não ter sido muito grande. No aspecto material, a princípio, parece que estava tudo correto. A embarcação tinha equipamento de radar, que é obrigatório e, segundo a tripulação, estava funcionando; e de localização por satélite, que apesar de não ser obrigatório, é usado pela empresa para localizar a embarcação. A tripulação informou, também, que na hora do acidente havia muita neblina, o que foi confirmado por outros órgãos”, explicou.

Para investigar os fatores operacionais, que indicarão como ocorreu o acidente, a Marinha precisa, ainda, fazer algumas diligências. “Já sabemos que a embarcação estava fora desse canal, que é demarcado por boias e sinais. Agora estamos investigando quais motivos podem ter causado [esse desvio e] o acidente”. A previsão é de que as investigações sejam concluídas no prazo de 90 dias.

Em nota, o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, responsável pela administração da hidrovia, informou, por meio de seu Núcleo do Baixo e Médio Tietê, que está prestando todo o apoio à Cteep e à Capitânia dos Portos. O trecho interditado vai da barragem de Nova Avanhandava (para quem sobe o Rio Tietê) até o Reservatório de Três Irmãos, próximo ao local do acidente.

Edição: Aécio Amado
 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário