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A coordenadora do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, participa da abertura da 
Reunião Ordinária do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH)

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Mães de Maio faz ato em memória das vítimas de chacinas

Criado em 11/05/13 16h46 e atualizado em 11/05/13 17h02
Por Flávia Albuquerque Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

Movimento social defende o fim dos autos de resistência
Coordenadora do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, afirma que até hoje o grupo cobra punições (Elza Fiúza / Abr)

São Paulo -  O Movimento Mães de Maio, formado pelas famílias de vítimas da violência policial, organizou hoje (11) um ato, em Santos, litoral paulista, em memória dos filhos assassinados durante as chacinas ocorridas em maio de 2006.

As chacinas ocorreram no mesmo momento em que estouraram os ataques da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado de São Paulo contra policiais militares e civis. De acordo com o movimento, os ataques resultaram em reação de grupos de extermínio, com a presença de agentes do Estado. De acordo com o movimento, na capital e na Baixada Santista, cerca de 500 jovens foram assassinados.

Segundo uma das representantes do Mães de Maio, Débora Maria da Silva, que perdeu o filho na noite do dia 15 de maio de 2006, ela precisou investigar o crime por conta própria devido ao descaso da sociedade com os crimes. “Depois de ficar em depressão, conheci uma mãe que teve o filho morto nas mesmas circunstâncias e nós fomos procurar outras mães. Houve 74 mortes na Baixada Santista, e dessas, quatro formaram o movimento. Há sete anos estamos cobrando das autoridades a história que não foi contada e punições severas para os mandantes e executores”.

Débora contou que o grupo já foi a Brasília para pedir a reabertura dos inquéritos, fechados sem conclusão satisfatória para as mortes. “Nós pagamos com a vida dos nossos filhos por uma guerra que não era nossa, era entre o crime e a corrupção do Estado. Nós sabemos da verdade, mas o resto do Brasil tem que saber também”.

Segundo ela, depois dos ataques da facção criminosa, jovens da periferia continuaram a ser mortos da mesma maneira. “Capuz, moto, carro preto, carro prata, com vidro escuro, ninguém viu, ninguém sabe, ninguém investiga, inquérito é arquivado. Em 2010, isso se repetiu na Baixada Santista, com a morte de mais 26 pessoas, jovens pobres e negros da periferia”.  

O ato é uma homenagem a todas as vítimas, com shows de grupos de rap, grafitagem, dança de rua, teatro,circo e ainda profissionais que farão tranças nos cabelos das mães.

Em março deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o governo paulista indenize a família de Mateus Andrade de Freitas, morto na série de assassinatos. O jovem de 22 anos foi executado, junto com um amigo, em uma pizzaria, após saírem da escola onde cursavam o ensino médio no período noturno. A indenização foi a segunda concedida pelo TJSP, entre oito ações do mesmo tipo movidas pela Defensoria Pública. O governo estadual ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Edição: Carolina Pimentel

Creative Commons - CC BY 3.0

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