one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Entre 2001 e 2011, mulheres e trabalhadores do mercado informal foram os que apresentaram os maiores ganhos reais, de 22,3% e 21,2%, respectivamente

Imagem:

Compartilhar:

Equidade de gênero nas empresas do Brasil e do mundo vai demorar para virar realidade, diz especialista

Criado em 27/06/13 17h21 e atualizado em 27/06/13 17h56
Por Alana Gandra Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

Carteira de trabalho
De acordo com Carmen Migueles, o Brasil sofre menos desse problema que os países mais adiantados porque aqui o fator desigualdade conta (Marcello Casal Jr/ABr)

Rio de Janeiro - A implantação de programas de equidade de gênero pelas empresas brasileiras enfrenta desafios para se tornar realidade, disse hoje (27) à Agência Brasil a professora Carmen Migueles, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getulio Vargas.

A Equidade de Gêneros e a Gestão da Diversidade é o tema do fórum organizado pela Ebape, que ocorre nesta quinta-feira, para discutir a experiência nessa área de grandes empresas nacionais e estrangeiras. O evento pretender chamar a atenção para o tema, que consta das oito Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia também

CPMI quer tipificar feminicídio como agravante em crimes de homicídio contra a mulher

Maioria dos estudantes paulistanos acredita que existe profissão de homem e de mulher

O consolo, ressaltou Carmen, é que as empresas do mundo todo não estão muito mais à frente do Brasil nessa área. Mesmo em um país adiantado como a Alemanha, citou, as empresas têm dificuldade de promover mulheres para cargos de alta liderança. A Alemanha aderiu recentemente ao pacto global da ONU, para tentar resolver o problema. “Mesmo nos países mais iguais, é difícil as mulheres passarem de um cargo de média gerência para cima. Na Suíça, Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia, o número de mulheres na alta administração é pequeno”, informou.

De acordo com Carmen Migueles, o Brasil sofre menos desse problema que os países mais adiantados porque aqui o fator desigualdade conta. “A situação no Brasil é muito pior para as mulheres negras, mas é relativamente mais fácil para as mulheres brancas de classe social A. Porque, como elas podem contratar babá, motorista e um monte de coisas, elas conseguem competir de igual para igual com os homens. Já quando você está em uma sociedade muito igual, a mulher tem que abrir mão da própria família para poder competir. Não é mais possível conciliar os afazeres domésticos com a carreira”.

No ranking global de combate à desigualdade, o Brasil ocupa a 62ª posição e está muito bem na questão do acesso das mulheres à educação. “É um dos poucos países do mundo hoje em que o número de alunas nos cursos superiores é maior que o de homens: 56% dos alunos são do sexo feminino”, disse. Segundo a ONU, um dos maiores desafios para a promoção da equidade é garantir que as mulheres tenham acesso à educação.

 

Edição: Aécio Amado
 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário