one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Ministros Gilberto Carvalho, Alexandre Padilha e Eleonora Menicucci falam à imprensa

Imagem:

Compartilhar:

Lei de atendimento a vítimas de violência sexual deve reduzir número de abortos no SUS, avalia governo

Criado em 01/08/13 18h45 e atualizado em 01/08/13 19h10
Por Luana Lourenço Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Ministros Gilberto Carvalho, Alexandre Padilha e Eleonora Menicucci falam à imprensa
Ministros Gilberto Carvalho, Alexandre Padilha e Eleonora Menicucci falam à imprensa sobre sanção da lei (José Cruz/ABr)

Brasília - Com a sanção integral, sem vetos, da lei que obriga os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a prestar atendimento emergencial e multidisciplinar às vítimas de violência sexual, o número de abortos realizados de acordo com legislação vai cair, avalia o governo.

Na sanção, a presidenta Dilma Rousseff manteve a previsão de oferecer às vítimas contraceptivos de emergência – a chamada pílula do dia seguinte – mas vai encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei alterando a forma como a prescrição está descrita na lei. O termo “profilaxia da gravidez” será substituído por administração de “medicação com eficiência precoce para a gravidez decorrente de estupro”.

O uso do contraceptivo de emergência, que evita a concepção, vai impedir uma eventual gestação e reduzir o número de abortos legais feitos por mulheres vítimas de estupro. “Além de prestar apoio humanitário essencial para a mulher que foi vítima de uma tortura, porque todo estupro é uma tortura, permite que ela não passe por um segundo sofrimento, que é a prática do aborto legal. O que esse projeto faz é exatamente evitar a prática do aborto legal”, disse o secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desde 2008, quando foi editada uma portaria determinando a prescrição de contraceptivos de emergência em casos de estupro, o número de abortos permitidos pela lei teve redução significativa. “Houve redução de 50% depois que a portaria do Ministério da Saúde entrou em vigor”, afirmou.

Além de incluir no projeto que será encaminhado ao Congresso um trecho que torna mais claro o item sobre a prescrição da pílula do dia seguinte, o governo corrigirá uma imprecisão sobre o conceito de violência sexual. A nova redação considera violência sexual “todas as formas de estupro, sem prejuízo de outras condutas previstas em legislação específica”. Do jeito que está na lei sancionada hoje, o texto poderia excluir do conceito crianças e pessoas com deficiência mental, que não têm como dar ou não consentimento para atividade sexual.

Apesar da pressão de setores conservadores por vetos na lei sancionada hoje, Carvalho disse que o governo não espera resistência dos parlamentares para aprovar o projeto que modifica trechos da lei. “O que estamos fazendo é facilitar a vida do Congresso. Estamos tirando qualquer ambiguidade, qualquer margem de interpretação. Esperamos que não seja uma negociação difícil. É muito difícil que alguém agora se levante contra a precisão de um texto”, disse ele.

Para a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, os artigos que serão corrigidos por projeto de lei (PL) são fundamentais para a aplicação efetiva da lei, com garantia de atendimento às vítimas de violência. “Os dois artigos que foram corrigidos em projeto de lei são fundamentais para o esclarecimento. O PL é dentro do contexto da violência sexual, do estupro, e nós, do governo, federal não compactuamos com o estupro, porque é uma tortura, é uma violência, é um sofrimento. E temos que ter solidariedade, humanidade, respeito e, sobretudo, piedade com as mulheres e crianças que sofrem violência sexual”.

Edição: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário