one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Plataforma P 54 - petróleo do Brasil ANP

Imagem:

Compartilhar:

Entenda como funcionará o Leilão de Libra

Criado em 18/10/13 18h22 e atualizado em 18/10/13 20h03
Por Portal EBC

Plataforma de Petróleo no Rio de Janeiro
O petróleo do pré-sal foi descoberto pela Petrobras em camadas ultraprofundas, de 5 mil a 7 mil metros abaixo do nível do mar, o dificulta e torna mais cara a exploração (Rogério Santana/Governo do Estado do Rio de Janeiro)

O leilão do Campo de Libra, na Bacia de Campos, que ocorrerá na próxima segunda-feira (21), será a primeira rodada de disputas realizada para conceder, sob o regime de partilha de produção, áreas para exploração de petróleo e gás natural na região brasileira do pré-sal.

Leia também no Portal EBC: 

Petroleiros entram em greve contra o leilão do pré-sal

Escolhida diretoria da estatal que vai gerenciar exploração do pré-sal

Diretora-geral da ANP diz que regime de partilha é o melhor para exploração do pré-sal

ANP divulga lista das 11 empresas interessadas no leilão do pré-sal

Infraestrutura para exploração no pré-sal ainda é desafio para a Petrobras

O petróleo do pré-sal foi descoberto pela Petrobras em camadas ultraprofundas, de 5 mil a 7 mil metros abaixo do nível do mar, o dificulta e torna mais cara a exploração.

Por meio do regime escolhido para o leilão de Libra, ficará garantida à União a gestão das reservas exploradas na área. A estatal Pré Sal Petróleo S.A (PPSA) foi criada, justamente, para representar a União nos negócios. Garante-se, ainda, que as empresas compartilhem com a União uma parcela no volume produzido. Estima-se que o óleo recuperável na área leiloada, de acordo com dados do governo, varie de 8 a 12 bilhões de barris. Serão de 12 a 18 plataformas.

O pico de produção estimado é de 1 milhão de barris por dia. Atualmente, a produção nacional chega a 2 milhões por dia. O investimento chegará a US$ 181 bilhões, em 35 anos. A Petrobras, por sua vez, será a operadora única do Pré-Sal, garantindo um mínimo de 30% de participação no consórcio vencedor. 

Disputa 

Além da própria Petrobras, que pode aumentar a sua participação na operação, são 11 empresas na disputa pelos outros 70%  na exploração. São elas: as chinesas CNOOC e CNPC, a japonesa Mitsui, a portuguesa Petrogal, a hispano-chinesa Repsol/Sinopec, a francesa Total, a colombiana Ecopetrol, a indiana ONGC Videsh, a anglo-holandesa Shell e a malaia Petronas.

Será vencedora a empresa que reverter o maior percentual do petróleo excedente à União. O percentual mínimo previsto em lei é 41,56%.  A partilha entre união e consórcio será mensal e a  empresa que vencer o primeiro leilão terá que pagar à União um bônus de R$ 15 bilhões.

Pelas regras, o governo terá uma participação total de, no mínimo, 75% na receita do projeto, levando-se em consideração todos os tipos de retornos previstos.

Contrato

O contrato de partilha será válido por 35 anos, quatro desses voltados à exploração dos recursos e os demais ao desenvolvimento e produção. As empresas vencedoras serão livres para explorar o petróleo pertencente a sua cota, bem como para garantir ao óleo o destino que desejarem. No entanto, em casos específicos de emergência, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) poderá limitar o volume das exportações.

Royalties

Os royalties pagos equivalerão a 15% do volume total da produção de petróleo e gás, o que deve render à União, aos estados e municípios R$ 900 bilhões em 30 anos – considerando-se royalties e partilha da produção. São, em média, R$ 30 bilhões por ano, o mesmo valor gerado por todos os campos em produção, hoje, no Brasil.

De acordo com a lei aprovada em setembro de 2013, 75% dos royalties do petróleo serão destinados para a educação e 25% para a saúde. A legislação ainda prevê que 50% do Fundo Social do Pré-Sal também devem ir para as áreas da educação e saúde.

Manifestações contrárias

Vários grupos da sociedade civil, no entanto, se mostram contrários ao leilão de Libra. Entre eles estão sindicatos, políticos, acadêmicos e especialistas que não consideram válida a proposta de dividir com empresas estrangeiras os retornos da reserva petrolífera. Petroleiros cruzaram os braços na última quinta-feira (17) pedindo a suspensão do leilão.

Consultores de mercado também discordam do modelo de exploração proposto pelo governo e da grande intervenção estatal. Outros questionam, ainda, a capacidade tecnológica da Petrobrás e da indústria nacional para fazer os investimentos previstos em contrato.

Reforço para segurança

O governo convocou na quinta-feira (17) o Exército e a Força Nacional de Segurança para atuar no evento em que será anunciado o resultado do leilão de Libra, em um hotel na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Serão 1.100 agentes de segurança incluindo, também, as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário