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Dezenas de pessoas protestam contra a demolição de casas da Comunidade do Metrô, que fica às margens da Avenida Radial Oeste e próxima ao Maracanã. O trabalho de demolição está sendo feito pela prefeitura para que seja construído um parque no local

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Após protestos, policiais acompanham demolições na Favela do Metrô

Criado em 09/01/14 09h39 e atualizado em 09/01/14 10h56
Por Vinícius Lisboa Edição:Graça Adjuto Fonte:Agência Brasil

Dezenas de pessoas protestam contra a demolição de casas da Comunidade do Metrô, que fica às margens da Avenida Radial Oeste e próxima ao Maracanã. O trabalho de demolição está sendo feito pela prefeitura para que seja construído um parque no local
Trabalho de demolição está sendo feito pela prefeitura para que seja construído um centro comunitário no local (Tânia Rego/Abr)

Rio de Janeiro - Policiais militares do Batalhão de Choque acompanham hoje (9) o trabalho de demolição de casas na Favela do Metrô, na zona norte do Rio. Desde terça-feira (7), moradores protestam contra a derrubada das residências para a construção de um polo automotivo e de um centro comunitário multimídia, chamado pela prefeitura de Nave do Conhecimento.

Os policiais chegaram à comunidade na noite de ontem (8), por volta das 21h, após uma tentativa dos moradores de fechar a Radial Oeste em protesto. A avenida passa em frente à comunidade e é um dos principais acessos da zona norte ao centro da cidade.

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De acordo com a Polícia Militar, chegou a ocorrer um princípio de confusão, mas ela foi contida. Os policiais permaneceram durante a madrugada na comunidade e agora acompanham o trabalho da subprefeitura da zona norte em conjunto com as secretarias municipais de Conservação e de Obras.

A circulação de trens na Linha 2 do metrô (Pavuna-Botafogo) foi interrompida por cerca de 12 minutos, às 8h da manhã de hoje, por causa de objetos atirados na ferrovia. De acordo com a assessoria de imprensa da Metrô Rio, até paralelepípedos e cadeiras foram jogados nos trilhos, entre as estações Triagem e São Cristóvão, e a polícia foi acionada. No momento, os trens circulam em intervalos irregulares.

A prefeitura informa que o trabalho de demolição começou em 2010, com o cadastramento e a indenização das famílias que moravam no local, para realocação em conjuntos habitacionais nas zonas norte e oeste e pagamento de aluguel social. Segundo o subprefeito da zona norte, André Santos, depois disso outras pessoas ocuparam as casas que já tinham sido desapropriadas.

Os atuais moradores reivindicam as mesmas compensações que os antigos ou a permanência nas casas. Wellington Quirino de Oliveira veio com a família da Paraíba há cerca de seis meses e conta que foi morar na comunidade por indicação de um amigo, até conseguir se estabelecer na cidade. Ele trabalha como auxiliar de limpeza em um hotel no centro da cidade e ganha cerca de R$ 900 por mês. "Conversei com eles e ganhei dois dias para arrumar as coisas. Mesmo assim, não sei o que vou fazer", disse Oliveira, que juntava os pertences em casa com a ajuda dos dois filhos enquanto os vizinhos protestavam.

Uma idosa, que preferiu ser identificada apenas como Maria, também contou que foi morar há pouco tempo na comunidade, porque o filho ficou desempregado e a família não teve mais como pagar o aluguel da casa em que moravam. "A gente não tem mais para onde ir agora. Ou a gente fica aqui ou vai para debaixo da ponte". O subprefeito diz que os moradores que não dispuserem de outro local para morar poderão ir para abrigos municipais.

A Favela do Metrô ocupa uma estreita faixa entre a Avenida Radial Oeste e a linha férrea do ramal Santa Cruz, em frente à Universidade do Estado do Rio de Janeiro e próxima ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.

Edição: Graça Adjuto

Creative Commons - CC BY 3.0

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