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Justiça suspende reintegração de posse para cadastrar famílias
Criado em 30/01/14 16h45
e atualizado em 30/01/14 18h10
Por Camila Maciel
Edição:Nádia Franco
Fonte:Agência Brasil
A reintegração de posse de um terreno ocupado por sem-teto em São Miguel Paulista, na zona leste da capital, que havia sido autorizada pela Justiça, está suspensa até que sejam cadastradas as famílias que estão no local. A decisão foi anunciada hoje (30) pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Milton Dallari, após reunião com uma comissão de moradores da Vila Sílvia, nome dado à comunidade. “As famílias permanecem até acharmos uma solução, o mais rápido possível, para cumprir a reintegração de posse”, disse Dallari.
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De manhã, os moradores fizeram uma manifestação em frente à sede da companhia. Os organizadores do ato público estimaram em 200 o número de participantes, calculado em 100 pela Polícia Militar. O grupo saiu da Praça da Sé por volta das 11h e caminhou pela Rua Boa Vista, onde fica a sede da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano.
Confira as imagens do protesto por moradia digna:
“Queremos conhecer as famílias. Na próxima semana, o pessoal da área social vai fazer o trabalho de identificação para conhecermos as dimensões do problema”, disse Dallari. Segundo ele, é preciso identificar as pessoas que realmente precisam e as que estão apenas se aproveitando do movimento. Não há previsão de quando a reintegração será feita, acrescentou.
As possíveis soluções para o caso ainda não foram apontadas por Dallari. Ele descartou, no entanto, a adoção de auxílio-aluguel. “Temos primeiro que resolver o problema das famílias que já recebem bolsa aluguel. Para nós, esse auxílio está congelado. Vamos arrumar outra solução”. O presidente da CDHU esclareceu que o terreno ocupado não deve ser uado para habitação: “aquele é um local de lazer. É uma área verde, que é a destinação dada pela prefeitura e temos que manter.”
Uma das coordenadoras do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Jussara Basso, considerou positiva a posição da CDHU, pois havia receio de que o despejo pudesse ocorrer a partir de amanhã (31). “Nossa preocupação é que elas [famílias] fossem parar na calçada. Conseguimos o compromisso de que a CDHU vai cadastrar as famílias e incluí-las em programas habitacionais”, disse Jussara. Ela destacou, porém, que o problema só será resolvido quando as famílias forem assentadas.
Editor Nádia Franco
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