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Reunião entre governo e a comunidade Rio dos Macacos termina sem acordo

Criado em 06/05/14 21h13 e atualizado em 06/05/14 22h00
Por Marcelo Brandão Edição:Wellton Máximo Fonte:Agência Brasil

Após nova rodada de negociações durante o dia de hoje (6), o impasse sobre a permanência dos moradores da comunidade quilombola Rio dos Macacos, na Bahia, continua. O governo federal sugeriu a redução do território de cerca de 300 hectares para 86 hectares, proposta recusada pelos representantes da comunidade. Houve a alteração da proposta para 104 hectares, o que também foi rejeitado pelos quilombolas.

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Uma das líderes da comunidade, Olinda de Souza Oliveira, reclamou do tratamento do governo com os quilombolas do Rio dos Macacos. A proposta, segundo, ela, não contempla todos, e muitos moradores antigos teriam que sair do local com essa redução do território. “O governo queria que a gente aceitasse a proposta dele, que contempla apenas parte da comunidade. Se eles chegassem com a proposta de manter 270 hectares, a gente sentava pra conversar”, disse Olinda à Agência Brasil.

A comunidade fica na Vila Naval da Barragem, no município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador. O local é alvo de disputa entre a Marinha, que considera a terra de sua propriedade, e os quilombolas. O terreno é vizinho à Base Naval de Aratu, na Praia de Inema. Desde 2010, a Marinha pretende ampliar as instalações da base, onde residem famílias de militares.

Olinda também questionou a proibição do uso da água da barragem, no território compartilhado entre Marinha e quilombolas. Presente na reunião, o assessor da Secretaria Geral da Presidência da República, Silas Cardoso, confirmou não ser possível o compartilhamento da barragem. Ele assegurou, no entanto, a construção de um açude para atender à comunidade.

O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) intermediou a reunião. A subprocuradora-geral da República Deborah Duprat lembrou que existem ações judiciais determinando a retirada das famílias da região. Segundo ela, esse tipo de pressão contra os moradores atrapalha as negociações. De acordo com o MPF/BA, o advogado Geral da União, Bruno Cardoso, “comprometeu-se a interpor recursos pedindo a suspensão do processo judicial travado entre a Marinha e a comunidade” e também contra liminar que impede a reforma das casas da comunidade.

Editor: Wellton Máximo

Creative Commons - CC BY 3.0

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