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Ex-integrante da Aldeia Maracanã gosta de mudança para conjunto residencial

Criado em 30/06/14 22h33 e atualizado em 30/06/14 22h48
Por Cristina Indio do Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

O índio Darci Nunes de Oliveira foi um dos moradores que receberam hoje (30) as chaves de apartamentos dos conjuntos residenciais Ismael Silva e Zé Keti, no Estácio, zona norte do Rio de Janeiro. Ele era um dos integrantes da Aldeia Maracanã, que se instalou no antigo Museu do Índio, em frente ao Estádio do Maracanã. No prédio em que Darci vai morar, com a mulher e dois filhos, serão instaladas mais 19 famílias indígenas.

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Darci lembrou que os integrantes da aldeia passaram muito tempo negociando com o governo estadual a permanência no local. O grupo acreditava que esta seria a única maneira de preservar a cultura indígena no local, mas agora ele acredita que a mudança para o conjunto residencial vai ajudar à preservação dos costumes e hábitos. “Chegar aqui hoje é motivo de alegria e comemoração para dizer amanhã que a cultura existe”, contou.

Darci é tupi-guarani do Rio de Janeiro, e está otimista com a convivência com outros moradores de culturas diferentes. “A gente precisa sair do nosso território da aldeia em busca de algo melhor, e esse contato com os não índios, acredito que a gente vai aprender muito, e eles também vão aprender com a nossa cultura. Vai ser uma troca de experiência muito bacana. É o que a gente espera”, analisou.

Se as conversas entre o pajé Tobi Itaúna e os outros moradores dos conjuntos Ismael Silva e Zé Keti tiverem bom resultado, a troca de experiência poderá começar logo. O pajé, que é tupi-guarani do Amazonas, vai propor a criação de uma horta comunitária para plantio de ervas. Ele acrescentou que poderá ensinar a semear, manter as plantas e explicar o melhor momento para a colheita. O pajé disse que a ideia é ter na horta plantas como babosa, que segundo ele, é boa para o tratamento de bronquite e para queimaduras, e apontou outras como a cavalinha, boa para os rins; a carobinha, depurativa do sangue; o poejo, para bronquite; e o uxi amarelo, anti-inflamatório.

Tobi Itaúna fez questão de dizer que as plantas não poderão ser comercializadas. “Tem que ser para a comunidade. A minha tendência é mostrar a eles como devem plantar e utilizar", disse, acrescentando que a sociedade só toma remédio quando está doente. “Ela tem que aprender a se prevenir para chegar à idade que nós chegamos”, completou.

Os conjuntos residenciais foram inaugurados hoje (30) pela presidenta Dilma Rousseff, pelo governador Luiz Fernando Pezão e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes.

 

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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