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Encontro para debater Oriente Médio pede mais participação da imprensa
Criado em 18/07/14 23h44
e atualizado em 18/07/14 23h53
Por Cristina Indio do Brasil
Edição:Stênio Ribeiro
Fonte:Agência Brasil
Os sindicatos dos jornalistas do município e do estado do Rio de Janeiro, mais a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), promoveram debate hoje (18) para discutir o conflito entre Israel e Palestina e prestar solidariedade às vítimas das ofensivas que em 11 dias já provocaram as mortes de 286 palestinos e 12 israelenses.
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A professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora do tema Oriente Médio, Beatriz Bissio; o presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI, Mário Augusto Jakobskind; e a professora Marta Pinheiro, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) e integrante do Comitê de Solidariedade ao povo palestino deram palestras.
Mário Augusto defendeu que a imprensa brasileira se posicione e comece a entender que o mundo hoje é um só, por isso o tema precisa ser mais analisado e divulgado. “Não se pode separar o que acontece na Palestina, o que acontece no Brasil”, disse, completando que este era um dos motivos da realização do encontro.
O representante da ABI disse que é preciso também um posicionamento mais veemente do governo brasileiro com relação à questão. “A presidenta [Dilma Rousseff] já se posicionou, dizendo o que está acontecendo lá, mas é necessário também que governos como o do Brasil se posicionem mais enfaticamente para acabar com o banho de sangue”, disse, indicando que entre as vítimas há um bebê de 3 meses.
Marta Pinheiro disse que falta equilíbrio nas discussões e que nem a Organização das Nações Unidas (ONU) tem ouvido o povo palestino em um problema que não começou agora. “Há muito tempo esses bombardeios acontecem, esporadicamente e persistentemente”, disse. A professora criticou ainda a participação do Egito na busca de entendimentos entre Israel e Palestina. Para ela, o país também não está disposto a encontrar uma solução que ponha fim aos conflitos.
A professora Beatriz Bissio, que esteve na região há pouco tempo, reconheceu que há sofrimento também no lado de Israel, mas acrescentou que é desproporcional a comparação entre os dois lados. “Somente poderemos pensar em uma região que viva em paz, quando os direitos da população palestina forem respeitados”, indicou.
Na avaliação da pesquisadora, a paz na região tem que ser conseguida com base na Justiça, "no reconhecimento dos direitos legítimos dessas populações, das diferenças, das tradições culturais e da riquissima história dessas populações", analisou.
Editor: Stênio Ribeiro
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