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Governador Sérgio Cabral na inauguração da Upp no Complexo do Lins e Camarista Méier.

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Beltrame diz que blindagem de UPP não é prioridade mesmo com ataques a policiais

Criado em 10/12/14 21h21
Por Agência Brasil Edição:Jorge Wamburg

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse hoje (10) que a blindagem dos contêineres das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não é  prioridade da secretaria, que, entretanto, vai adotar uma série de ações para melhorar a situação dessas unidades policiais em 2015.

Depois de acompanhar nesta terça-feira (9), o estudo e o mapeamento que está sendo feito sobre as UPPs, no QG da Polícia Militar, o secretário disse não há como fazer um planejamento completo que atenda a todo o Rio de Janeiro, mas as UPPs que estão planejadas serão instaladas.

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Beltrame explicou que o estudo vai diagnosticar o que deve ser feito nas UPPs e "se o diagnóstico mostrar que temos que fazer operação policial, a operação será feita, mas se disser que temos que reocupar, a polícia vai reocupar". As bases de UPP, têm sido alvo frequente de ataques a tiros de traficantes, nos últimos meses, com muitos policiais feridos.

Na última segunda-feira (8), policiais da UPP que faziam patrulhamento de rotina na comunidade Nova Brasília, no Complexo de Favelas do Alemão, subúrbio do Rio, prenderam três pessoas em um ponto de drogas na localidade conhecida como Divineia. Logo depois, os traficantes trocaram tiros com policiais e quatro militares ficaram feridos. 

Durante o confronto, o grupamento de operações especiais, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque (BPChoque), foram acionados, mas segundo relato de policiais locais, os agentes receberam ordem para não subir o morro e tiveram que recuar.

De acordo com Beltrame, a decisão é de quem está comandando no terreno: "Teria que ver com o comandante qual foi a motivação para que isso acontecesse. Mas eu duvido muito que qualquer força do grupamento de operações especiais não tenha condição de subir (o morro) e entrar em qualquer lugar do Rio de Janeiro. Temos que ver, efetivamente, o que aconteceu".

O Disque-Denúncia informou à polícia que alguns ataques poderiam acontecer às UPPs. Segundo o secretário, a polícia tinha conhecimento da informação, mas a questão é que a configuração geográfica e urbanística da favela permite que os criminosos, de uma maneira covarde, façam os disparos.

Para Beltrame,  o poder público tem uma série de medidas para tomar antes da blindagem e o estudo que está sendo feito aponta para outras necessidades. “Ainda não há necessidade de partir para esse tipo de ação. O que temos que fazer é um gerenciamento de recursos humanos muito bem feito, um reestudo dessas áreas e avançar de uma maneira que não haja necessidade disso. Se chegar a um ponto em que o número de vítimas aumente ou isso não cesse, é uma coisa a se pensar. Mas, em princípio, não há essa possibilidade", afirmou.

De acordo com Beltrame, algumas comunidades que não têm UPP estão muito perigosas, como o Chapadão, a favela da Lagartixa, além de localidades de Santa Cruz e da Baixada Fluminense. Segundo o secretário, estão sendo planejadas UPPs para esses locais, mas primeiro tem que ser feita uma consolidação do programa de UPP existente, para poder adiantar o processo à frente com um pouco mais de tranquilidade.

Na zona oeste do Rio, as comunidades de Antares, Cesarão e a favela do Rola, não têm a presença da UPP e sofre frequentemente com ataques de criminosos. O secretário reconheceu o problema e disse que a polícia procura atuar na região realizando operações sistemáticas, mas essas comunidades passam por um problema antigo e crítico e o projeto de UPP tem que ir caminhando gradativamente, pois não há uma solução milagrosa.

Editor: Jorge Wamburg

Creative Commons - CC BY 3.0

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