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Paralisação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (7) na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), em protesto contra a dispensa de 244 trabalhadores

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Centrais sindicais querem revogação de MPs que mudam regras para benefícios

Criado em 13/01/15 16h47
Por Camila Maciel Edição:Armando Cardoso Fonte:Agência Brasil

Paralisação de metalúrgicos na Mercedes-Benz
Paralisação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (7) na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), em protesto contra a dispensa de 244 trabalhadores (Foto: Adonis Guerra/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)

As centrais sindicais farão, no próximo dia 28, um ato nacional para pedir a revogação das medidas provisórias (MP) 664 e 665, anunciadas no fim do ano passado. As duas MPs alteram regras sobre pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego.

“Importante destacar que há consenso das centrais na questão. A compreensão geral é que as medidas do governo retiram direitos”, declarou Carmen Foro, presidente em exercício da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Esta é a primeira reunião conjunta que as organizações sindicais fazem este ano.

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Os representantes das centrais disseram ter sido surpreendidos com o anúncio do governo. “Pegou o movimento sindical completamente despreparado, na véspera do fim do ano, sem que as medidas tivessem sido discutidas”, reclamou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Segundo ele, logo após a eleição, a presidenta Dilma Rousseff havia se comprometido em manter uma mesa de diálogo com a representação dos trabalhadores. “As centrais foram apenas comunicadas”, completou. 

A representante da CUT destacou que há alternativas para os problemas apontados pelo governo, como o grande número de pessoas acessando o seguro-desemprego, sem prejudicar o trabalhador. “A alta rotatividade é uma realidade. Isto não é desejo dos trabalhadores, mas, pelas medidas tomadas, são eles que pagarão por isso. E as empresas?”, questionou Carmen.

Ela salientou que, ao mudar o prazo mínimo de acesso ao benefício, de seis para 18 meses, as medidas prejudicam o trabalhador mais vulnerável, que é o de mão de obra menos especializada, e os mais jovens.

Antes do Dia Nacional de Mobilização, como as entidades estão chamando o ato previsto para o fim de janeiro, haverá uma reunião com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto. Além do pedido de revogação das MPs 664 e 665, as centrais pretendem tratar das demissões nas montadoras da região do ABC paulista.

A Volkswagen anunciou 800 dispensas. Para protestar contra as demissões aproximadamente sete mil metalúrgicos participaram de manifestações ontem (12), interditando trechos das rodovias Anchieta e Imigrantes.

Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah destacou a necessidade de atenção às demissões em outros setores. “Ao iniciar o ano com demissões na área de produção, a de comércio, em especial revendas de automóveis, informou que também começará a demitir", lamentou.

Para o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, as montadoras estão demitindo mesmo com incentivos fiscais. “Não podemos admitir que o governo seja alvo de chantagem”, declarou.

Também participaram da reunião representantes da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). No calendário de mobilizações das centrais, há uma marcha prevista para o fim de fevereiro.
 

Editor: Armando Cardoso

Creative Commons - CC BY 3.0

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