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UPP do Jacarezinho comemora dois anos de criação com festa e batizados
Criado em 16/01/15 17h26
Por Da Agência Brasil
Edição:Marcos Chagas
Fonte:Agência Brasil
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacarezinho, na zona norte do Rio, completou hoje (16) dois anos de criação com uma grande festa e um batizado comunitário de crianças da comunidade. Para comemorar os dois anos de pacificação foi celebrada missa de Ação de Graças, com a presença do comandante da unidade, capitão Alexandre Frugoni, e do Secretário de Segurança Publica, José Mariano Beltrame. A política de pacificação do Jacarezinho beneficiou cerca de 40 mil pessoas.
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A comunidade, no entanto, ainda convive com uma série de problemas não resolvidos pelas autoridades estadual e municipal. O presidente da Associação de Moradores da Tancredo Neves, uma das comunidades do Complexo, Marcos Martins de Castor, afirmou que a população não está satisfeito com os serviços prestados pelas autoridades públicas.
“A questão das creches comunitárias é um dos pontos de insatisfação. Existiam várias creches que fecharam as portas. Temos uma que funciona há nove anos e nunca tivemos ajuda da prefeitura da cidade, nem mesmo com a alimentação para as crianças”, destacou Marcos Martins.
O líder comunitário acrescentou que a comunidade conta com a Clínica da Saúde da Família e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Entretanto, na UPA, “quase nunca tem médicos, nem pediatras de plantão. Há senhoras que, necessitando de atendimento, precisam se deslocar para a unidade mais próxima, em Manguinhos, sobrecarregando o atendimento naquela unidade", frisou.
A UPP do Jacarezinho tem efetivo de 543 policiais militares e o apoio do Batalhão do Méier e das delegacias de Bonsucesso e do Engenho Novo. O capitão Alexandre Silva Frugoni disse que "apesar das dificuldades estruturais, os índices de criminalidade baixaram significativamente a partir de 2013, com a instalação da UPP".
Ele admitiu que os policiais ainda enfrentam dificuldades no relacionamento com os moradores. Segundo o capitão, apesar dos projetos sociais desenvolvidos que contemplam mais de 100 crianças, ainda existe uma parcela da comunidade “hostil” à ocupação. Para o comandante da UPP, isso se deve aos “40 anos de abandono” e de influência do tráfico de drogas.
Para o secretário, a presença da Polícia Militar e a sua integração com a comunidade tem ajudado no processo de consolidação das relações entre a polícia e a população. Beltrame acrescentou que “perto da história triste que a comunidade viveu durante décadas, dois anos é muito pouco para uma avaliação mais precisa das transformações e dos resultados obtidos.”
Editor: Marcos Chagas
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