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Notas de real

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É preciso cautela para pegar antecipação de Imposto de Renda, diz economista

Criado em 27/04/13 13h45 e atualizado em 27/04/13 16h30
Por Luciene Cruz* Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil

Notas de real
Antes do prazo final para acertar as contas com o Fisco, alguns contribuintes já estão interessados na restituição do Imposto de Renda. Também de olho nesse filão, bancos lançam estratégia de antecipar o valor a receber (Marcos Santos/usp imagens / Creative Commons)

Brasília – A três dias do prazo final para acertar as contas com o Fisco, alguns contribuintes já estão interessados na restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRRF). Também de olho nesse filão, bancos lançam estratégia de antecipar o valor a receber pela Receita Federal. Apesar de parecer vantajoso, os clientes devem avaliar com cuidado a tomada do empréstimo.

Segundo o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Newton Marques, é preciso cautela antes de pegar o empréstimo. Para ele, a antecipação só vale à pena para quitar dívidas com juros muito alto, como cartão de crédito ou cheque especial. O especialista lembra que a restituição é corrigida pela taxa básica de juros, a Selic, que está em 7,5% ao ano.

“Cada pessoa tem que avaliar sua situação financeira. A atualização pela Selic é o melhor negócio do mundo, nenhuma outra aplicação rende esse valor. Por isso é preciso avaliar com calma, não se deve pegar o empréstimo para fazer outras dívida, mas sim para quitar dívidas com juros mais altos”, aconselhou.

A Receita libera o dinheiro em sete lotes consecutivos, entre junho e dezembro. Com isso, quem devolver o empréstimo no primeiro lote, pagará um juro menor do que o cliente que receber a restituição em dezembro. “Quanto mais o governo demorar a pagar, maior será o valor a receber. O mesmo vale, para o valor a ser pago ao banco, que terá juros maior”, explicou.

O especialista destacou ainda a possibilidade de a declaração cair na malha fina, o que impede que a liberação do valor a receber pelo Fisco saia na data esperada. O banco irá cobrar o empréstimo de qualquer forma, em parcela única e no prazo estabelecido previamente, seja na data da restituição, ou não.

No caso do Banco do Brasil, as condições do empréstimo variam de acordo com o perfil do cliente. Os juros cobrados são, no mínimo, 1,59% ao mês. Os clientes podem antecipar até 100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil. Segundo a instituição financeira, em 2012, o desembolso nas linhas de antecipação de IRPF foi R$ 426 milhões. Para este ano, a expectativa é que esse tipo de empréstimo chegue a R$ 500 milhões.

Na Caixa Econômica Federal, o empréstimo pode variar de R$ 610 a R$ 20 mil, com juros de 1,88% ao mês. Para clientes que têm conta salário, o valor máximo de antecipação pode chegar a R$ 30 mil, a juros de 1,57% ao mês. A expectativa da instituição financeira é que, em 2013, cerca de R$ 80 milhões sejam emprestados com garantia na antecipação.

*Colaboraram Daniel Lima e Kelly Oliveira

Edição: Fábio Massalli

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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