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Emprego na indústria volta a cair em maio

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Salários e empregos não sofreram com mau desempenho da indústria este ano, apontam dados da CNI

Criado em 09/04/13 13h27 e atualizado em 09/04/13 13h41
Por Carolina Sarres Edição:Davi Oliveira Fonte:Agência Brasil

Indústria
Nos dois primeiros meses de 2013, houve retração de 6,8% nos ganhos industriais, depois de recuou de 4,2% no faturamento das indústrias em janeiro, em relação a dezembro(Leonard John Matthews/Creative Commons)

Brasília - O faturamento do setor industrial caiu em fevereiro deste ano, repetindo a mesma dinâmica verificada em janeiro, segundo dados do levantamento Indicadores Industriais, divulgado hoje (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o faturamento do setor teve queda de 3,7% na comparação com janeiro.

Nos dois primeiros meses de 2013, houve retração de 6,8% nos ganhos industriais, depois de recuou de 4,2% no faturamento das indústrias em janeiro, em relação a dezembro. Para a CNI, a indústria "ainda não encontrou sua trajetória de crescimento" neste ano.

Essa redução, no entanto, não teve impacto sobre a geração de emprego no setor, que ficou relativamente estável, com crescimento de 0,3% em relação ao mês anterior, quando houve queda de 0,2% em relação a dezembro. A diminuição dos ganhos na indústria tampouco teve consequências negativas de curto prazo sobre os salários dos seus trabalhadores, cuja massa salarial cresceu 1,9% - o aumento mais intenso dos últimos 14 meses.

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A utilização da capacidade instalada (UCI) seguiu a tendência de mau desempenho do setor, com diminuição de 1,9 ponto percentual. Em janeiro, o índice apontava o uso de 84,5% da capacidade instalada. Em fevereiro, essa utilização caiu para 82,6%. Em comparação ao mesmo mês do ano passado, resultado foi estável, com a diferença de 0,1 ponto percentual (82,5%). Em 2012, nenhum dos 12 meses registrou uso da capacidade instalada superior a 82,5%.

Os setores de móveis, máquinas e materiais elétricos e químicos foram os que tiveram o melhor desempenho - com 29,6%, 23,1% e 12,3% de crescimento salarial, respectivamente. Os setores com pior desempenho foram o de farmacêuticos, máquinas e equipamentos e têxteis - com a queda de 6,3%, 4,5% e 3,6% de redução salarial.

De acordo com o economista da CNI Marcelo de Ávila, ainda que os sinais de aquecimento no setor sejam aparentes, mas não traduzidos em crescimento de fato, espera-se que isso ocorra nos próximos meses. Para ele, essa expectativa é uma das explicações para a manutenção dos salários e dos postos de trabalho no setor.

"Os salários mostram uma clara retenção de funcionários. No mercado, existe a percepção de que há um problema de mão de obra qualificada no setor. No contexto de um mercado dinâmico e níveis históricos de baixo desemprego, emprega-se muita mão de obra sem qualificação. Isso aumenta o poder de barganha do trabalhador", explicou Ávila, sobre a retenção de empregados qualificados e a manutenção ou aumento salarial, a despeito do desempenho estagnado do setor.

Para o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a manutenção desses salários depende do aumento de produtividade no setor.

"Desde 2006, os salários reais estão crescendo acima da produtividade. Isso gera dificuldade de o setor retomar investimentos, porque reduz a capacidade do setor. Por isso, batemos na tecla de uma agenda de redução de custos - como a energia elétrica, a desoneração da folha de pagamento - de forma a compensar aumento dos salários", explicou Fonseca.

Segundo ele, essa compensação não pode ser feita atualmente por meio do ajuste de preços, devido à competitividade dos produtos importados, que estão entrando no país a custos mais baixos.

Em relação ao número de horas trabalhadas, o levantamento aponta que houve aumento de 0,4% para os trabalhadores desse setor em relação ao mês anterior. Todos esses índices do levantamento da CNI são baseados em uma base de 100 pontos fixada em 2006. As variações são medidas a partir de então.

Edição: Davi Oliveira

Creative Commons - CC BY 3.0

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