one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Com a economia em ritmo mais lento, a taxa Selic, instrumento para calibrar os preços e influenciar a atividade econômica

Imagem:

Compartilhar:

Banco Central tem lucro recorde em 2013

Criado em 20/02/14 19h45 e atualizado em 20/02/14 19h55
Por Wellton Máximo Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

O Banco Central (BC) teve lucro de R$ 31,9 bilhões no ano passado, divulgou hoje (20) a autoridade monetária. O resultado positivo é o maior da história e é 24,6% superior ao lucro de R$ 25,6 bilhões registrado em 2012, que também havia sido recorde.

O lucro poderia ser ainda maior, não fosse o resultado cambial do Banco Central, registrado em uma contabilidade paralela e divulgado separadamente. No ano passado, a autoridade monetária teve resultado positivo de R$ 31,7 bilhões com a administração das reservas internacionais e as operações de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro).

O resultado cambial expressivo deve-se à disparada do dólar, que aumentou o valor em reais das reservas internacionais, atualmente em torno de US$ 375 bilhões. Apenas com as reservas no exterior, o Banco Central teve resultado positivo de R$ 34,1 bilhões em 2013. Com as operações de swap, no entanto, o BC teve prejuízo de R$ 2,4 bilhões no ano passado, totalizando o resultado cambial de R$ 31,7 bilhões.

Apenas no segundo semestre, o Banco Central lucrou R$ 14,2 bilhões e teve resultado cambial positivo de R$ 15,9 bilhões. A soma desses valores, R$ 30,1 bilhões, será repassada ao Tesouro Nacional em até dez dias úteis. O dinheiro vai para o orçamento financeiro do governo, reforçando o colchão da dívida pública. Por lei, o Tesouro não pode usar o dinheiro repassado pelo BC para gastos correntes nem para ampliação do superávit primário. Os resultados positivos do primeiro semestre foram transferidos ao Tesouro em agosto.

O balanço do Banco Central em 2013 foi aprovado hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na reunião de hoje, o CMN também autorizou uma mudança que reduzirá custos e permitirá a ampliação do fundo que cobre parte dos depósitos de clientes de bancos que quebram. O conselho permitiu que os bancos que tenham depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) paguem contribuição menor ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em troca de repassarem operações de crédito a esse fundo.

O FGC garante depósitos de até R$ 250 mil a cada cliente afetado por bancos que quebrem. No fim de 2008, o governo criou o DPGE, que oferece garantia individual de até R$ 20 milhões, a qualquer correntista. Em troca de oferecerem a garantia especial, as instituições transferem ao FGC 1% ao ano do total depositado nessa modalidade, atualmente cerca de R$ 20 bilhões.

No ano passado, o governo criou um novo tipo de DPGE, no qual os bancos pagam contribuição de apenas 0,3% ao ano, mas repassam ao FGC operações de crédito. Atualmente, esse tipo de investimento tem R$ 1,9 bilhão em depósitos. Agora, os bancos poderão converter os DPGE do primeiro tipo para o segundo tipo, reduzindo o valor da contribuição em dinheiro, mas reforçando o caixa do FGC por meio das linhas de crédito transferidas.

Editor: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário