one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Banco Central: efeitos da Selic levam tempo para aparecer

Criado em 27/03/14 09h47 e atualizado em 27/03/14 09h54
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Edição:José Romildo Fonte:Agência Brasil

Os efeitos dos aumentos da taxa básica de juros, a Selic, vão se propagar nos próximos trimestres, segundo o Relatório de Inflação, divulgado pelo Banco Central (BC), hoje (27).

O BC reforçou que a transmissão dos efeitos de alta da Selic se acumulam e levam tempo para aparecer. “Neste processo, diversos canais [de transmissão da alta da Selic] – por exemplo, da demanda, do crédito, do câmbio, e das expectativas – estão envolvidos, e operam não necessariamente com a mesma intensidade e de forma simultânea”, diz o relatório.

O BC também destacou que antes de alcançar os preços, as ações de aumento da Selic interferem nas decisões de consumo e de investimento de famílias e empresas. Mas, em qualquer circunstância, há certo grau de incerteza sobre a intensidade com que a inflação reage à alta da Selic, segundo o BC. E essa incerteza tem aumentado no atual momento de oscilações dos mercados financeiros internacionais.

No relatório, o BC alerta que taxas de inflação elevadas geram distorções, aumentando riscos e reduzindo investimentos. “Essas distorções se manifestam, por exemplo, no encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias, empresas e governos, bem como na deterioração da confiança de empresários”, diz o relatório.

O BC enfatiza, também, que “taxas de inflação elevadas subtraem o poder de compra de salários e de transferências, com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias”. Além disso, diz o BC, a inflação elevada reduz o potencial de crescimento da economia, bem como o de geração de empregos e de renda.

No relatório, o BC projeta inflação em 6,1%, este ano, acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta é 6,5%.

Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a Selic. Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Atualmente, a Selic está em um ciclo de alta. A última elevação ocorreu em fevereiro, quando ficou em 10,75% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para os próximos dias 1º e 2 de abril.

Editor José Romildo

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário