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Vale rebate relatório sobre violações ambientais e aos direitos humanos
Criado em 16/04/15 21h24
e atualizado em 17/04/15 07h51
Por Vladimir Platonow
Edição:Stênio Ribeiro
Fonte:Agência Brasil
A mineradora Vale rebate as acusações de desrespeito aos direitos humanos e ambientais, que constam do Relatório de Insustentabilidade da Vale 2015, divulgado nesta quinta-feira (16) pela organização Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, no qual fazem contraponto ao Relatório de Sustentabilidade da Vale.
Em nota divulgada no início da noite, a mineradora negou que haja licenciamento irregular, sem realização de audiências públicas e de consultas prévias, para ampliação da produção, em Carajás (PA), com a duplicação da Estrada de Ferro Carajás. Segundo a empresa, todos os processos de licenciamento ambiental para os projetos seguem rigorosamente a legislação sobre o tema.
Em referência a denúncias de condições análogas ao de trabalho escravo, em Itabirito (MG), a Vale garante que suas instalações têm condições adequadas de segurança e conforto para seus trabalhadores, sejam próprios ou terceirizados. "A empresa repudia toda e qualquer atividade que envolva condições inadequadas de trabalho e reitera seu compromisso com o cumprimento das normas e leis vigentes de saúde e segurança do trabalhador", ressalta o texto.
"A empresa repudia toda e qualquer atividade que envolva condições inadequadas de trabalho e reitera seu compromisso com o cumprimento das normas e leis vigentes de saúde e segurança do trabalhador"
A empresa também negou que suas operações de embarque e desembarque de minério estejam prejudicando pescadores no Brasil, no Peru e na Malásia, com a contaminação das águas, conforme a denúncia da Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale. De acordo com a mineradora, todos os processos são monitorados por entidades independentes e com grande conhecimento no assunto.
Sobre acusações constantes no relatório, a partir de denúncia de um ex-empregado, de que a Vale praticava espionagem, infiltrando pessoas em movimentos sociais e grampeando telefones, inclusive de jornalistas, a empresa declarou que "não comenta o assunto, pois o processo envolvendo o ex-empregado segue em segredo de Justiça".
Quanto à acusação trazida no documento, de que a empresa ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKSA), da qual a Vale é acionista, estaria poluindo o mar na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, além de ter elevado em 76% as emissões de gás carbônico, e de operar sem licença ambiental, a assessoria da TKSA enviou nota rebatendo as informações.
De acordo com a TKSA, a siderúrgica tem o menor índice de emissão de carbono entre as siderúrgicas do mundo, com tecnologias de reaproveitamento de gases e vapores para a geração de energia. A qualidade do ar na região de Santa Cruz, segundo a Vale, é avaliada, em tempo real, por três estações automáticas de monitoramento de qualidade do ar ambiente, no entorno da planta. A empresa alegou, também, que está em conformidade com o licenciamento ambiental e que o declínio da pesca na Baía de Sepetiba acontece desde a década de 1970, sem influência da empresa, que iniciou suas obras em 2005 e começou as operações em junho de 2010.
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