one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Aumento de custos eleva economia de água e energia, mostra pesquisa

Criado em 02/06/15 19h07 e atualizado em 02/06/15 19h09
Por Alana Gandra Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Pesquisa nacional sobre consumo consciente, feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos, mostra que “não por acaso”, houve avanços na economia de energia e água, disse o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.

De acordo com a sondagem, aumentou o uso racional de água e energia no país. Somente um em cada dez brasileiros (11% dos consultados) disseram lavar a calçada com jato de água. No ano passado, 25% mantinham esse hábito. Entre os que relataram lavar o carro com mangueira, o número atingiu 20%, em 2014, e caiu agora para a metade. Também quando indagados se apagavam as luzes ao sair de um recinto e se fechavam a torneira ao escovar os dentes, houve forte adesão entre os entrevistados, com 96% e 93%, respectivamente.

Christian Travassos analisou que os indicadores foram positivos. Salientou, entretanto, que isso não significa que as pessoas estão mais atentas à preservação do meio ambiente. “As pessoas estão economizando mais energia porque ela aumentou no Brasil quase 60% nos últimos 12 meses, contra inflação média de 8%, e isso afetou o bolso das empresas e do consumidor residencial, de modo significativo. Isso leva empresários e consumidores a reverem hábitos e, eventualmente, a trocarem lâmpadas e fazerem pequenas reformas para reaproveitar a água”, indicou.

Do ponto de vista da água, o economista lembrou que o cenário é de reservatórios com volumes baixos e uso do volume morto, incentivando a economia pelos consumidores. Ele acentuou que a questão da água está ligada à energia, uma vez que a justificativa apresentada para a majoração das tarifas de energia elétrica foi o problema da seca. “Então, ao mesmo tempo em que ele economiza energia, ele poupa mais água também, porque está preocupado em não ficar sem água, e em fazer o seu papel na economia pedida pelo Poder Público”. Isso ocorre de forma consciente ou inconsciente, indicou.

No que se refere ao desperdício de alimentos, a pesquisa revela que as pessoas “seguraram” o consumo ao longo do último ano. A parcela de brasileiros que verificam os armários e a geladeira antes de fazer compras ficou em 68%, este ano, contra 71% no ano passado. Travassos explicou que os dados não significam que o consumidor esteja menos consciente na hora de comprar. “Ele está comprando menos. Em termos de cenário, ele olhou menos o armário, porque o armário dele está mais vazio, e ele tem noção do que deve comprar. Ele está enchendo menos o carrinho e gastando o mesmo ou mais, em função do cenário econômico”. Embora retrate o consumo consciente, a pesquisa gera subsídios para falar do momento econômico.

Em termos de reciclagem de lixo, a sondagem mostra que ao longo dos últimos dez anos pouco variou o percentual de brasileiros que separaram o lixo para reciclagem. O número varia entre 40% e 50%. Este ano, ficou em 45%, mostrando leve piora em relação aos 48% do ano passado. “A gente não passa de metade da população, pelo menos por enquanto.

A principal razão para isso é o fato de o brasileiro em geral acreditar que o lixo acaba misturado na coleta pública. “Se o Poder Público separa o lixo, essa informação ainda não ficou clara para o consumidor brasileiro”. Para 64% dos brasileiros não adianta separar o lixo, porque ele acaba sendo misturado na coleta pública. A tendência natural, porém, seguindo o que ocorre no mundo, é a ampliação dos que separam o lixo. “É provado que existe ganho com a separação, para a sociedade, o meio ambiente, os governos e a população”, ressaltou.

Na parte dos alimentos orgânicos, houve estabilidade em relação ao ano passado, com consumo por 21% da população. “Um em cada cinco brasileiros afirma consumir produtos orgânicos”. Apesar de haver maior informação sobre os benefícios dos orgânicos para a saúde e o meio ambiente, o cenário econômico adverso, de 2014 para cá, contribuiu para elevar os preços dos produtos.

Travassos ponderou que a partir do momento em que o Poder Público valorizar o orgânico e o mercado se ampliar, haverá maior produção, e isso vai diminuir custos. “Quando você incentiva a produção orgânica, está incentivando toda uma cadeia mais saudável. No médio prazo, há ganhos para o bolso e para o meio ambiente, porque reduz gastos com saúde, com preservação do solo e ações de reparação da natureza”, comentou.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário