one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Angola realiza nesta sexta primeiras eleições gerais após a Constituição de 2012

Imagem:

Compartilhar:

Abstenção nas eleições de angola chega a 40%

Criado em 03/09/12 20h35 e atualizado em 03/09/12 20h44

angola
Os dados nacionais preliminares da CNE, revelam também valores elevados para os votos brancos, que somaram 206 mil e para os nulos, que registaram 119 mil (Rádio Nederland)

Agência Lusa - As eleições gerais de 31 de agosto em Angola tiveram uma abstenção na ordem dos 40%, indicam resultados preliminares da votação anunciados na tarde desta segunda-feira (3) pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana.


Do total de cerca de 9,7 milhões de eleitores registrados, foram escrutinados 5,8 milhões, faltando ainda cerca de meio milhão de votos para serem apurados, segundo os dados hoje avançados pela CNE, que não atualiza números sobre a abstenção.


Se todos estes 500 mil eleitores tivessem votado, a taxa de abstenção seria de 35,13 por cento. Mas a tendência demonstrada pela evolução da contagem indica que muitos se abstiveram, antevendo-se uma percentagem final acima dos 40%.


Os dados nacionais preliminares da CNE, relativos às 12:48 desta segunda (hora em Lisboa), revelam também valores elevados para os votos brancos, que somaram 206 mil (3,54 por cento dos votos escrutinados), e para os nulos, que registaram 119 mil (2%).


Nas legislativas de 2008, a abstenção foi de 12,64 %, numa eleição que totalizou 287 mil votos brancos e 384 mil nulos.


Os últimos resultados preliminares das eleições gerais de sexta-feira confirmam os valores das atualizações anteriores, com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, à frente do escrutínio com 71,96% dos votos.


Quando faltam escrutinar 5% dos eleitores registados, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o principal partido da oposição, seguia em segundo lugar com 18,59 % e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) no terceiro com 6,01 %.


O MPLA ganhou nas 18 províncias angolanas e em 161 dos 164 municípios do país. As exceções foram o Andulo (província do Bié), Rivungo (Cuando Cubango) e Cacuaco (Luanda).
Em Virei, província do Namibe, o partido no poder alcançou um resultado próximo do pleno, com 98 % dos 6,6 mil votos contabilizados.


Segundo os totais nacionais provisórios, o Partido de Renovação Social (PRS), com 1,7 % dos votos, perdeu a condição de terceira maior força política angolana, alcançada em 2008, e a histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) ficou com 1,08 % e deve perder o deputado eleito há quatro anos na província do Zaire.


Os quatro partidos  e coligações restantes  encontravam-se, à hora da última atualização da CNE, abaixo do limite mínimo do 0,5 por cento que a lei eleitoral impõe para se manterem no mapa político angolano, enfrentando a ameaça de extinção.


Neste grupo, encontrava-se a Nova Democracia, que, em 2008, elegeu dois deputados.


Além da vitória do MPLA, à luz da Constituição angolana, aprovada em 2010, José Eduardo dos Santos foi eleito indiretamente Presidente de Angola, na qualidade de número um da lista do seu partido, obtendo, pela primeira vez em mais de três de décadas, a legitimidade num processo eleitoral completo para exercer o cargo.


Os principais partidos da oposição anunciaram hoje que encontraram discrepâncias entre os resultados da CNE e as atas das mesas de voto e a UNITA já anunciou que tenciona impugnar as eleições gerais.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário