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Presidente recém-eleito da Somália escapa de atentado
Criado em 12/09/12 15h30
e atualizado em 12/09/12 15h53
Por EBC
Fonte:Agência Lusa
Mogadíscio (Agência Lusa) – O novo presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, escapou nesta quarta-feira (12) ileso a um atentado que teve como alvo um hotel em Mogadíscio, afirmou um integrante da força da União Africana na Somália (Amisom).
"Houve uma explosão perto do hotel. O presidente escapou ileso assim como todos que estavam no interior do hotel”, afirmou, em declarações à agência francesa AFP, o porta-voz da Amisom, coronel Ali Houmed.
Momentos depois da divulgação desta declaração, a agência noticiosa espanhola EFE informou que ocorreram dois atentados suicidas em frente ao hotel Jazeera. O ataque teria feito pelo menos quatro mortos e vários feridos. Segundo a agência espanhola o chefe de estado somali participava de uma conferência de imprensa no interior do hotel. Na mesma conferência estava uma delegação do Quênia liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sam Ongeri.
A autoria dos ataques foi reivindicada pelos rebeldes islamitas ‘shebab’, que alertaram que os atentados continuarão. “Somos responsáveis pelo ataque contra o pretenso Presidente e a sua delegação”, disse o porta-voz do movimento rebelde, Ali Mohamoud Rage, citado pela AFP. “Estes ataques vão continuar até que a Somália seja libertada”, reforçou.
Os parlamentares escolheram, na segunda-feira, Hassan Sheikh Mohamud como presidente depois de derrotar Sharif Sheikh Ahmed no segundo turno. Mohamud, um acadêmico e ativista de 56 anos, ganhou por 190 votos contra 79 do presidente em exercício, que era tido como vencedor até ao último instante da apuração. Hassan Sheikh Mohamud ficou em segundo lugar no primeiro turno, entre os 25 candidatos que concorriam ao cargo, com 60 votos, contra 64 de Sharif.
Em reação, o porta-voz dos rebeldes islâmicos "shebab" declarou que a eleição no país era uma operação dos “inimigos da Somália”, abstendo-se de fazer críticas pessoais ao novo governante. Os "shebab" combatem há anos as instituições provisórias somalis, que elegeram um parlamento há cerca de um mês e o novo Presidente na segunda-feira.
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