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Alberto Fujimori

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Fujimori pedirá indulto após Cúpula no Peru

Criado em 01/10/12 19h45 e atualizado em 01/10/12 19h47
Por EBC Fonte:Télam

Concessão de indulto a Fujimori gera polêmica no Peru
Alberto Fujimori, preso por crimes contra a humanidade (globalpost.com)

O ex-presidente peruano, Alberto Fujimori, preso por delitos de corrupção e lesa humanidade, pedirá formalmente seu indulto assim que terminar a Cúpula América Latina – Países Árabes (ASPA), sediada em Lima, anunciou seu médico pessoal, Alejandro Aguinaga.

“Os advogados do ex-presidente vão incluir no documento certificados do Instituto Nacional de Enfermidades Neoplásticas (INEN) para sustentar o que é um indulto humanitário”, disse Aguinaga,  que também é congressista pelo partido fujimorista Fuerza 2011. “Vai sair mais rápido do que imaginam, assim que terminar a ASPA”, afirmou o médico e legislador.

Aguinaga descartou que  Fujimori voltará a atuar na política caso receba o indulto. “Não creio que vá participar, o ex-presidente tem uma idade avançada e sua enfermidade não vai permitir que volte a atuar”. Fujimori, de 74 anos, está preso desde que voltou ao Peru em 2007, extraditado do Chile. Foi julgado e condenado a 25 anos de prisão por ter sido mentor de vários crimes de lesa humanidade cometidos durante seu mandato e outras condenações menores por casos de corrupção.

Razões humanitárias

Ainda que não cumpra sua pena em cárcere comum, mas em um setor especial da sede da Direção de Operações Especiais (Direoes) da Polícia Nacional, sua situação e seu eventual indulto tem sido objeto de polêmica há pelo menos dois anos, devido a seu estado de saúde. Segundo seu médico, o ex-presidente é portador de câncer na boca, além de apresentar quadros de hipertensão e depressão.

O tema do possível indulto voltou ao centro do debate na semana passada, logo que o presidente Ollanta Humala disse que não poderia concedê-lo, porque ninguém havia pedido. Um dos principais juristas do país, Victor Garcia Toma, explicou que em casos de condenação por delitos de lesa humanidade, os presidentes não podem indultar por razão própria mas somente a pedido do interessado ou seus familiares e por fundadas razões humanitárias.

Pressão

Na última sexta-feira, Keiko Fujimori, filha do ex-presidente, sendo ela ex-parlamentar e candidata a presidência anunciou que os familiares haviam resolvido pedir formalmente o indulto, sem dizer quando seria feito o pedido.

O anúncio “de maneira nenhuma determina que o governo se sinta pressionado nem deve ser matéria de especulações”, afirmou nesta segunda-feira Juan Jiménez, primeiro ministro peruano. Ele assegurou que as informações médicas serão determinantes para a decisão do presidente Humala,  e considerou prematuro especular se o indulto procede ou não.

A avaliação do pedido de indulto será analisada por uma Comissão, que poderá solicitar informes técnicos e perícias que permitam determinar se a situação de saúde de Fujimori é a que afirma a família, segundo a qual o preso pode morrer se continuar na prisão.

Juristas e defensores de direitos humanos defendem que o perdão não procede para esse tipo de crimes, segundo a jurisprudência nacional e internacional.

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