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Comitê Central do Partido Comunista confirma expulsão de líder
Criado em 05/11/12 08h45
e atualizado em 05/11/12 08h47
Por Agência Lusa
Pequim, 04 nov (Lusa) - O Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC) confirmou a expulsão de um dos líderes chineses, Bo Xilai, acusado de corrupção e outras "violações graves da disciplina", anunciou nesta segunda-feira (05) a agência de notícias oficial chinesa.
A expulsão, decidida há cerca de um mês pelo Politburo (bureau político do partido), foi adotada no final da última reunião plenária do Comitê Central antes do XVIII Congresso do PCC, que começa na quinta-feira (08) em Pequim.
O plenário, de três dias, aprovou também a nomeação de dois generais, Fan Changlong e Xu Qiliang, para os cargos de vice-presidentes da Comissão Militar Central e uma proposta de alteração aos estatutos do partido cujo conteúdo não foi revelado.
Bo Xilai, que até há poucos meses era um dos políticos mais populares da China, dirigia a organização do PCC em Chongqing, o maior município do país, com cerca de 33 milhões de habitantes e uma área superior à da Bélgica e Holanda juntas.
Filho de um antigo vice-primeiro-ministro e ex-ministro do Comércio, Bo Xilai não é visto em público desde março e, entretanto, a sua mulher, Gu Kailai, foi condenada à morte, com pena suspensa por dois anos, pelo homicídio de um empresário britânico.
O combate à corrupção "é uma postura política consistente do PCC" e "uma questão chave de grande preocupação para o povo", disse a Comissão Central de Disciplina e Controle do partido.
A Comissão reconheceu, contudo, que se trata de "uma longa, complexa e dura batalha".
O XVIII Congresso do PCC vai escolher a liderança do país para a próxima década. Xi Jinping, atual vice-presidente, deverá substituir o presidente Hu Jintao na chefia do partido, iniciando a ascensão ao poder da primeira geração de líderes nascida depois da fundação da República Popular da China, em 1949.
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