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A China tem reforçado o investimento público nas Forças Armadas do país

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Partido Comunista Chinês vai passar o poder a uma nova geração

Criado em 05/11/12 09h16 e atualizado em 07/11/12 16h58
Por Agência Lusa

Forças Armadas da China
A China tem reforçado o investimento público nas Forças Armadas do país (Agência Lusa)

Pequim, 05 nov (Lusa) - O 18.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), que escolherá a liderança da segunda economia mundial durante a próxima década, começa em Pequim na quinta-feira (08) numa conjuntura considerada "crucial".

Os 2.270 delegados ao congresso, entre os quais 251 militares, vão reunir-se num período chave e “num tempo crucial para o país aprofundar o processo de reforma e abertura e acelerar a transformação do seu modelo de desenvolvimento econômico", salientou a agência de notícias oficial Xinhua.

Xi Jinping, atual vice-presidente, deverá substituir o Presidente chinês Hu Jintao na chefia do partido, iniciando a ascensão ao poder da primeira geração de líderes nascida depois da fundação da República Popular da China (RPC), há 63 anos.

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Em março de 2013, Xi Jinping assumirá também o cargo de Presidente da RPC, e o vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang, substituirá Wen Jiabao na chefia do governo.

Entre os nove membros do Comitê Permanente do Politburo, a cúpula do poder na China, Xi Jinping e Li Keqiang, de 59 e 57 anos, respetivamente, são os únicos que continuarão em funções.

Há menos de um ano, Bo Xilai, ex-líder do partido em Chongqing, era apontado como um dos mais fortes candidatos ao topo da hierarquia, entretanto foi expulso, acusado de corrupção, abuso do poder e outras "graves violações da disciplina".

Bo Xilai, conotado com a chamada ala "esquerdista" ou "neo-maoísta" do PCC, não só protagonizou o escândalo político do ano, mas expôs também o que alguns comentadores reformistas consideram a parte mais "negra" e "feudal" do sistema chinês.

A mulher de Bo, Gu Kailai, foi já condenada à morte, com pena suspensa por dois anos, pelo homicídio de um empresário britânico num hotel de Chongqing, em novembro passado.
Bo Xilai "prejudicou significativamente" a reputação da China, afirmou a direção do partido.

O aumento das desigualdades sociais é outra grande fonte de descontentamento popular que a liderança de Xi Jinping irá enfrentar. O nível de vida melhorou muito, com evidentes sinais no número crescente de automóveis nas ruas e de centros comerciais nas cidades, mas cerca de 120 milhões de chineses (nove por cento da população) vivem ainda abaixo da "linha de pobreza", com menos de 2.300 yuan (R$ 115 ) por ano.


Na frente econômica, os indicadores são mais animadores e o abrandamento do crescimento nos últimos dois anos parece contido em torno dos sete por cento. A inflação, que no verão de 2011 atingiu 6,5 por cento, caiu para menos de dois por cento. O desemprego urbano mantém-se aquém dos 4,5 por cento e o consumo interno - o desejado "novo motor do crescimento" - está subindo.

Descrito como o mais importante acontecimento da agenda política chinesa, o Congresso do PCC realiza-se de cinco em cinco anos, no Grande Palácio do Povo, em Pequim.

Segundo números oficiais, no fim de 2011, o partido único chinês tinha 82,6 milhões de afiliados, mais de o dobro de há trinta anos, quando a China estava iniciando a política de "Reforma Econômica e Abertura ao Exterior".

Creative Commons - CC BY 3.0

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