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O presidente do Equador, Rafael Correa, concedeu entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação

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Rafael Correa pode ser primeiro presidente a concluir mandato no Equador em 17 anos

Criado em 01/02/13 20h01 e atualizado em 02/02/13 12h28
Por Leandro Melito - Portal EBC

Presidente do Equador concede entrevista à EBC
Caso reeleito, Rafael Correa pode completar 10 anos na presidência do Equador (Marcello Casal Jr. / Abr)

Em agosto deste ano Rafael Correa pode ser o primeiro presidente a concluir o mandato constitucional de quatro anos no Equador desde 1996. Eleito em 2006 com a proposta de  de realizar uma nova Constituição, o atual presidente concorreu novamente nas urnas em 2009, após a aprovação da Carta Magna em 2008.

 No último dia 15 de janeiro Correa completou seis anos de governo e, caso saia vitorioso das eleições que acontecem no dia 17 de fevereiro, completará uma década a frente do Palácio de Carondelet. Ao assumir a presidência em 2007, o atual presidente iniciou um período de estabilidade política, após uma década de governos que terminaram antes do previsto.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que até 1,5 milhão de pessoas deixaram o país durante a turbulência política, entre 1996 e 2006. Nesse período o governante que ficou mais tempo no poder foi o ex-coronel Lucio Gutiérrez, que passou dois anos e três meses no cargo (2003 - 2005).

A instabilidade teve início em 1997, quando o então presidente Abdala Bucarám foi destituído pelo Congresso por ser considerado "mentalmente incapaz" de governar o país, após enfrentar uma série de protestos populares por denúncias de corrupção em seu governo. Eleito em 1996, o político populista deixou o cargo após180 dias de mandato. 

Quem assumiu em seu lugar foi o então presidente do Congresso Fabian Alarcón, lider do partido Frente de Alfarista Radical. Ele exerceu o cargo de presidente interino garantido por um referendo popular e durante sua gestão foi escrita a nova Constituição, que entrou em vigor em 1998, no dia da posse do novo presidente, Jamil Mahuad. Mahuad derrotou no segundo turno o magnata Álvaro Noboa, que concorreu pelo conservador Partido Social Cristão.

Feriado bancário

O novo presidente assumiu o governo em meio a uma turbulência financeira gerada pela crise monetária no mercado asiático. Na tentativa de salvar os bancos, Mahuad congelou os depósitos e as poupanças dos equatorianos - no episódio que ficou conhecido como "feriado bancário" - e substituiu a moeda nacional pelo dólar. As medidas geraram forte reação popular e uma série de protestos se espalharam país liderados pela Confederação Nacional das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), que despontou em meio aos setores populares no Equador em 1990.

Golpe de Estado

E meio a crise, o presidente foi derrubado por um golpe de Estado, depois que o exército e a polícia se negaram a reprimir os manifestantes. Com apoio do Congresso, intaurou-se um triunvirato no poder composto pelo então coronel do exército Lúcio Gutiérrez, acompanhado de um representante da sociedade civil, o jurista Carlos Solórzano Constantine e Antonio Vargas, representante do movimento indígena. Com críticas dentro e fora do país, o triunvirato teve de ceder o posto ao vice-presidente Gustavo Noboa, em respeito à Constituição de 1998.

As eleições seguintes foram realizadas em janeiro de 2003. Já aposentado das forças armadas, Lúcio Gutiérrez apresentou candidatura pelo Partido Sociedade Patriótica - fundado por ele na época do golpe - e acabou eleito com uma plataforma contra a corrupção.

Partido indígena

Fortalecido após protagonizar protestos populares no país por mais de uma década, o movimento indígena ofereceu a Gutiérrez o apoio de seu partido político, o Movimento de Unidade Plurinacional Pachakutik Novo País (MUPPNP), criado em 1996. Com a vitória nas eleições, os indígenas ocuparam as pastas de Agricultura, Relações Exteriores, Educação e Turismo.

Mais um presidente é derrubado

A base política que apoiou Gutiérrez nas eleições de 2003, formada pelo Pachakutik e pelo Movimento Popular Democrático (MPD), rompeu com o governo devido às conversações iniciadas pelo presidente para assinar um Tratado de Livre Comércio com os EUA e as aproximações com os conservadores no Congresso Nacional. Após o racha, Gutiérrez se aliou ao Partido Roldosista Equatoriano (PRE) do presidente deposto Abdala Bucarám e ao Partido Renovador Institucional Ação Nacional criado pelo milionário Álvaro Noboa.

Após permitir o retorno de Bucaram, que estava exilado no Panamá desde sua destituição, foi a vez de Gutiérrez ser alvo de protestos em 2005. Quando as forças armadas pararam de reprimir as manifestações, o Palácio de Carondelet foi cercado e Gutiérrez  deixou o país de helicóptero para se asilar  no Brasil. Quem assume é o vice-presidente Alfredo Palácio, que nomea o economista Rafael Correa como ministro de Economia e Finanças.

Nova Constituição

Correa passa quatro meses no ministério até romper com Palácio e pedir demissão do cargo. Nas eleições de 2006, o economista apresenta candidatura pelo movimento Aliança País (Patria Altiva e Soberana), cuja principal proposta é a realização de uma nova Constituição.

Já no cargo em 2007, Correa convocou a Assembleia que elaborou o novo texto e aprovou em 2008 a atual Constituição do Equador. Com base na Carta Magna,  foram realizadas novas eleições em 2009 e Correa foi eeleito com 51% dos votos.

Quase

Em 2010 o Equador foi atingido por uma crise política gerada por manifestações de policiais contra o corte de benefícios e a redução de salários definidos em decreto presidencial. Na ocasião, Correa decretou estado de excessão no país e ameaçou dissolver a Assembleia Nacional após denunciar tentativa de golpe de Estado.

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