Compartilhar:
Dois milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar no Mali
Criado em 15/02/13 18h05
e atualizado em 15/02/13 19h07
Por © Agência Lusa
Cerca de dois milhões de pessoas no Mali estão expostas à situação de insegurança alimentar alertou nesta sexta-feira (15) a Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO). Cerca de metade dessas pessoas se encontra no norte do país africano. Os efeitos da crise alimentar de 2011 e 2012, motivada pelos efeitos da seca, os elevados preços dos cereais e a degradação ambiental foi agravada pelos deslocados internos devido ao conflito armado, o elevou a situação de insegurança alimentar.
Leia também:
Líder do golpe de Estado no Mali vira responsável por reformar Forças Armadas no país
Antes exemplo de democracia, Mali mergulha em guerra civil
A próxima época agrícola no Mali, prevista para maio, está em risco iminente e existe uma necessidade urgente de ajudar os agricultores deslocados a regressarem às suas terras para retomarem a produção, advertiu hoje a a organização da ONU.
O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, se reuniu nesta sexta-feira (15) com o ministro da agricultura do Mali, Baba Berthé, onde foi sublinhada a necessidade de apoio aos agricultores malianos e a garantia do regresso às suas terras em condições de segurança, cerca de dois meses antes do início da campanha agrícola.
“Como a situação de segurança ainda continua em desenvolvimento, a FAO, as suas agências parceiras e a comunidade internacional devem fazer tudo o que puderem para ajudar o governo a apoiar os agricultores no regresso às suas terras, onde for seguro fazê-lo, e na retoma do cultivo de alimentos”, afirmou Graziano da Silva. “Não podemos permitir que o Mali perca a próxima época produtiva”, acrescentou, citado num comunicado distribuido pela FAO.
Desde o início do conflito no norte do Mali, em 2011, mais de 400.000 pessoas já abandonaram as suas casas, agravando a crise já existente.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) tem vindo a fornecer alimentos de emergência aos deslocados, dirigindo a ajuda alimentar de sobrevivência a cerca de 564.000 pessoas no Mali e em países vizinhos.
Deixe seu comentário