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Timoleón Jiménez, conhecido como Timonchenko líder máximo das Farc.

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Farc rejeita crítica a novos sequestros e ao processo de paz

Criado em 04/02/13 14h06 e atualizado em 04/02/13 14h38
Por Leandra Felipe Edição:Beto Coura Fonte: Correspondente EBC

Timoleón Jiménez, líder máximo das Farc
Timoleón Jiménez, conhecido como Timonchenko líder máximo das Farc. (Telesur)

Bogotá - Em comunicado divulgado hoje (04), o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, o Timochenko, rejeitou as recentes críticas ao processo de paz entre a guerrilha e o governo do país. Ele não aceita também o repúdio das autoridades aos recentes sequestros cometidos pelas Farc.

“A impressão é que altos interesses externos e internos pressionam com força para uma solução militar do conflito armado interno, e para o término das conversações de paz”, afirmou no texto do comunicado, publicado no site oficial do grupo.

Timochenko disse que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, deve “avaliar bem” os cálculos que está fazendo. “Conosco, há todo um povo clamando por paz e justiça social”, declarou Timochenko.

A agenda de conversações da quarta tentativa de paz no país, ao longo de 48 anos de conflito, inclui a reforma agrária, tema em debate desde dezembro e outros quatro pontos: drogas ilícitas, a deposição das armas, a participação política dos membros do grupo e a reparação das vítimas.

Na semana passada, as Farc capturaram dois policias e um soldado, o que provocou forte reação da sociedade e de partes do governo colombiano. O ministro da Defesa do país, Juan Carlos Pinzón, afirmou que não “responderia a bandidos” e o chefe dos negociadores do governo, Humberto de la Calle disse que as negociações de paz “não tinham sentido” se as Farc não mostrassem “real interesse” na saída pacífica para o conflito.

Com a repercussão negativa, as Farc anunciaram no último sábado (02) que a libertação dos oficiais será feita em breve, com a mediação da Cruz Vermelha Internacional.

As reuniões da mesa de negociações são privadas e somente os observadores do Chile e da Venezuela participam dos encontros entre os negociadores. Mesmo assim até a semana anterior à crise gerada pela captura dos policiais e do soldado, o clima era considerado “amigável” entre as partes.

O cientista político Ariel Ávila, coordenador da ONG Novo Arco-Íris, especializada no conflito colombiano, disse à Agência Brasil que apesar do incidente da semana passada, as negociações vem sendo conduzidas de maneira satisfatória, ainda que, até o momento, sem grandes avanços em termos de acordos.

“Na mesa o clima é cordial, como os próximos negociadores têm dito”, o problema, segundo ele, é tornar realidade as conversas e intenções para o contexto colombiano.

“Há um processo de paz em Cuba, no campo das palavras. E outro, paralelo, que se desenvolve em meio à guerra que segue aqui. O governo e as Farc devem ter habilidade para contornar as pressões internas contra o processo em si”, destacou Ávila.

 

Edição Beto Coura

Creative Commons - CC BY 3.0

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