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Novo governo italiano é oficialmente empossado
Criado em 28/04/13 10h42
e atualizado em 28/04/13 10h54
Por Agência Lusa
Ao fim de dois meses de um impasse pós-eleitoral, o governo de coligação do italiano Enrico Letta tomou posse neste domingo (28).
Encarregado de formar governo na quarta-feira (24) pelo presidente Giorgio Napolitano e após aceitar a função oficialmente no sábado, o cristão democrata de esquerda Enrico Letta foi empossado no palácio presidencial do Quirinal, seguido dos seus 21 ministros. Aos 46anos, Letta será um dos mais jovens primeiros-ministros da União Europeia.
O recém-empossado deve apresentar o seu programa numa sessão parlamentar na segunda-feira (29) e um dia depois o seu governo sujeita-se a um voto de confiança no parlamento.
O impasse político complicou os esforços para pôr fim à pior recessão do país em 20 anos e Letta já disse que quer atuar com rapidez para controlar o desemprego, atualmente em 11,6% e impulsionar o crescimento.
O dirigente de esquerda quer também afastar-se da austeridade imposta pelo seu antecessor, Mario Monti, de forma a proteger a Itália da crise da dívida da Zona Euro, promessa que será acompanhada de perto pelos investidores, preocupados com a dívida italiana, de dois biliões de euros.
Com 21 membros, sete dos quais mulheres, o governo reúne figuras de vários partidos políticos, desde o Partido Democrata, de Letta, ao Povo da Liberdade, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Berlusconi não faz parte do elenco governamental, mas o seu delfim, Angelino Alfano, ex-ministro da Justiça, é agora vice-primeiro-ministro e ministro do Interior.
Fabrizio Saccomanni, diretor-geral do Banco de Itália desde 2006, é o titular da pasta da Economia e Finanças e Emma Bonino, antiga deputada do Partido Radical e ex-comissária Europeia, foi escolhida para ministra dos Negócios Estrangeiros.
Anna Maria Cancellieri, que era ministra do Interior no Governo cessante, liderado por Mario Monti, passa a ocupar a pasta da Justiça.
"Era o único governo possível e a sua formação não podia esperar", afirmou o presidente Giorgio Napolitano, que no início da semana, ao tomar posse para um segundo mandato, fez um discurso duro apelando aos partidos para se entenderem e porem fim ao impasse político que se vivia desde as legislativas de fevereiro, que não deram uma maioria clara a nenhuma força política.
Esta coligação entre partidos de esquerda e de direita permitirá ao novo governo obter a confiança das duas câmaras do Parlamento, como prevê a Constituição, sublinhou.
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