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Enviado especial da ONU e Liga Árabe para a Síria, Lajdar Brahimi e o presidente sírio Bashar al Assad durante negociações para cessar fogo temporário

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Síria diz que decisão da União Europeia é "obstáculo" aos esforços internacionais para a paz

Criado em 28/05/13 17h03 e atualizado em 28/05/13 17h35
Por Agência Brasil* Edição:Fábio Massalli

Damasco – A Síria criticou hoje a decisão da União Europeia de levantar o embargo da venda de armas aos rebeldes sírios, dizendo que a posição dos 27 países europeus constitui um “obstáculo” aos esforços internacionais para o fim do conflito naquele país.  Em nota, o governo sírio acusou a União Europeia de “apoiar e encorajar os terroristas, fornecendo-lhes armas em uma violação da lei internacional e da Carta das Nações Unidas". Na terminologia do regime de Damasco, a designação “terroristas” é aplicada aos movimentos rebeldes sírios.

Já o governo dos Estados Unidos elogiou a decisão da União Europeia de autorizar o fornecimento de armamento à oposição síria e criticou a venda de mísseis russos ao regime de Bachar Al Assad. No final de longas discussões, os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus decidiram na segunda-feira à noite, em Bruxelas, levantar o embargo da venda de armas aos rebeldes sírios. No texto das conclusões da reunião, que se prolongou por 12 horas, os chefes de diplomacia da União Europeia sublinharam o compromisso dos 27 países de apenas fornecer “equipamento militar” para os rebeldes protegerem a população civil.

Em uma decisão muito dividida, a União Europeia deu luz verde aos seus Estados-membros para armarem a oposição síria, apesar do compromisso de não efetuarem qualquer envio de material militar até agosto para fornecer uma oportunidade às conversações de paz patrocinadas pelos Estados e Unidos e Rússia, previstas para junho em Genebra.

Na ausência de um acordo unânime sobre a medida, o embargo europeu à Síria terminará no final de maio, final do prazo decidido há três meses. A partir desta data, os governos da União Europeia poderão decidir se pretendem fornecer armas aos rebeldes, apesar de nenhuma capital europeia ter admitido o início da entrega de armamento no curto prazo, incluindo o Reino Unido, que há meses pregava o fim do embargo.

A Rússia, que fornece armas legalmente ao governo sírio, foi um dos países da União Europeia que se posicionou contra o fim do embargo. Para Serguei Riabov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, a União Europeia comete um erro ao levantar o embargo do fornecimento de armas aos rebeldes sírios.

"Vocês não podem dizer: e a Federação da Rússia? Primeiro, a Rússia fornece armas ao regime legítimo. Isto não é uma discussão abstrata, quais os poderes legítimos e porque é que eles têm direito a receber estes ou aqueles armamentos, mas a outra parte não tem direito", disse. "Não se pode, por um lado, declarar o seu desejo de pôr fim ao derrame de sangue, e, por outro lado, injetar mais armamentos na Síria" .

O diplomata russo defendeu que o fornecimento de complexos de defesa antiaérea S 300 à Síria "é um fator estabilizador na Síria e travam as ‘cabeças quentes’ que defendem a participação de forças externas no conflito" .

* Com informações da Agência Lusa

Edição: Fábio Massalli

 

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