Compartilhar:
União Europeia autoriza venda de armas para oposição síria
Criado em 28/05/13 17h29
e atualizado em 28/05/13 17h34
Por Portal EBC*
Brasília - A União Europeia decidiu nesta terça-feira (28) levantar seu embargo de armas à oposição da Síria e deixar em vigor as demais sanções contra o governo do presidente Bashar Al Assad por mais um ano, a partir do próximo dia primeiro de junho. O anúncio foi feito pelo ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, após 10 horas de discussões com diplomatas de países europeus em Buxelas.
O chanceler britânico assinalou que o Reino Unido não tem “planos imediatos para enviar armas à Síria”. Londres insistia em dar esse passo há meses, que era rechaçado por uma maioria de países europeus encabeçada pela Austria, um grupo que nos últimos dias perdeu apoiadores, entre eles a Espanha e a Itália.
Após o encontro em Bruxelas, o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, disse que seu governo se viu forçado a essa mudança devido à evolução das circunstancias na Síria, a internacionalização do conflito e a necessidade de acelerar seu fim.
Contraponto
A Áustria, se tornou a grande crítica da iniciativa impulsionada pelo Reino Unido e, em menor medida, pela França. O país considera que permitir o ingresso de mais armas na Síria só agravaria o conflito, que em 26 meses já deixou mais de 70 mil mortos, segundo a ONU, e manchar a reputação da UE como um bloco que trabalha para resolver conflitos, especialmente após haver recebido o Premio Nobel da Paz em 2012.
Logo após uma jornada inteira de negociações, os ministros dos 27 países que integram o bloco não chegaram a uma posição comum sobre o embargo à oposição, que deixará de valer no próximo dia 31 de maio, como previsto.
Garantias
Em paralelo, os países pactuaram um acordo intergovernamental em que se comprometem a não entregar armas até 1 de agosto com o objetivo de “dar uma oportunidade ao diálogo” em uma conferência de paz sobre a situação da Síria, proposto por Rússia e Estados Unidos.
O texto inclui condições que limitam a entrega de armas para atender à devida proteção dos civis e salvaguardas para garantir que não caiam em mãos de extremistas, tendo em vista que a insurgência síria está dominada por grupos islamistas, alguns vinculados à Al Qaeda.
O chanceler da Austria, Michael Spindelegger, disse que seu país está de acordo com o texto, graças a essas garantias.
Deixe seu comentário