Barricadas bloqueiam ruas do Chile em dia de protesto estudantil

Criado em 26/06/13 16h32 e atualizado em 26/06/13 16h41
Por Portal EBC*

Estudantes protestam por educação pública e de qualidade há quatro dias das eleições primárias no Chile (Agência Télam)

Brasília - Diversos setores de Santiago e Valparaíso no Chile amanheceram bloqueados nesta quarta-feira (26), no início de uma jornada de manifestações a favor de uma reforma educacional no país. As manifestações  convocadas pelas principais organizações estudantis acontecem a quatro dias das eleições primárias, nas quais um pacto de partidos opositores e a aliança governista elegerão seus candidatos presidenciais para as eleições gerais de novembro.

Cerca de trinta colégios previstos pelas autoridades como centros de votação para as eleições de domingo permanecem ocupados por estudantes.Grupos de jovens encapuzados acenderam fogueiras e exibiram cartazes com a reivindicação por educação pública, gratuita e de qualidade para todos. Forças especiais da polícia chilena lançaram gás lacrimogêneo e jatos d'água contra os manifestantes, que responderam com pedras, paus e outros objetos.

Na capital Santiago, a Unidade Operativa de Controle de Trânsito reportou barricadas em uma dezena de cruzamentos, que obstruíram o tráfego veicular. Os estudantes chilenos permanecem mobilizados desde 2011, com a demanda de educação pública, gratuita e de qualidade e pela eliminação do lucro das universidades privadas, entre outras reivindicações.

O governo de Sebastián Piñera reduziu os juros de créditos que os universitários devem obter para financiar suas carreiras e aumentou as bolsas de estudo entre outros benefícios, medidas consideradas insuficientes pelos estudantes que reivindicam uma mudança “estrutural” do ensino básico, secundário e superior.

Em Santiago estão previstas para esta terça-feira (26), três marchas para esta tarde, que se encontrarão na praça Los Héroes a três quadras do palácio La Moneda, na Alameda Bernardo O'Higgins, a principal avenida da capital chilena.

* Com informações das agências públicas de notícias da Argentina, Télam e de Cuba, Prensa Latina

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