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Milhares de espanhóis protestam contra a austeridade
Criado em 16/06/13 15h17
e atualizado em 16/06/13 15h27
Por © Agência Lusa
Agência Lusa - Milhares de pessoas manifestaram-se neste domingo (16) em Madrid e outras cidades espanholas, contra as políticas de austeridade, exigindo do primeiro-ministro Mariano Rajoy que se concentre na criação de empregos para tirar o país da recessão.
Ao som de tambores e apitos, os manifestantes desfilaram pelas ruas centrais da capital espanhola, empunhando bandeiras vermelhas e brancas (as cores dos sindicatos) e cartazes onde se lia: “A austeridade destrói e mata” e “Os cortes orçamentais são um roubo”.
O protesto começou por volta do meio-dia junto ao Ministério da Saúde e acabou na Puerta del Sol, onde foi lido um manifesto.
“Esperamos que o Governo perceba que não podemos inverter a situação com cortes e mais cortes. É altura de mudar de rumo e fazer mais pelo crescimento econômico”, declarou Diana Rodriguez, de 47 anos, bancária que está desempregada há quase dois anos.
“O Governo deve mudar de rumo. É evidente que o caminho pelo qual nos têm levado vai nos afundar ainda mais”, avisou Carlos Lago, um funcionário de 32 anos que trazia um cartaz com a seguinte frase: “Sem pão, não há paz”.
As manifestações aconteceram em 28 cidades espanholas, entre as quais Barcelona, a segunda maior cidade do país, e Vigo, a maior cidade galega.
Os protestos pelos três principais sindicatos espanhóis sindicatos: CCOO (Confederação Sindical das Comissões Operárias), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e USO (União Sindical Operária).
Desde que foi eleito, em dezembro de 2011, o primeiro-ministro Mariano Rajoy anunciou uma série de cortes orçamentais, aumento de impostos e a reforma do sistema de pensões para consolidar as finanças públicas.
O Governo Rajoy prometeu recuperar 150 mil milhões de euros até 2014 graças a um plano de rigor orçamental sem precedentes que tem originado protestos em massa.
A economia espanhola, a quarta da zona euro, recuou 0,5% nos primeiros três meses de 2013, a sétima queda trimestral consecutiva.
O desemprego atingiu uma taxa recorde de 27,16%, o nível mais elevado desde a restauração República espanhola depois da morte de Franco em 1975.
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