one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Protestos contra o presidente Mursi no Egito

Imagem:

Compartilhar:

Egito: exército dá prazo de 48 horas para resolver crise

Criado em 01/07/13 13h01 e atualizado em 01/07/13 13h33
Por © Agência Lusa

Cairo – O exército egípcio avisou hoje que irá intervir se as exigências do povo não forem atendidas dentro das próximas 48 horas, em um momento em que o Egito é abalado por uma forte contestação contra o presidente Mohamed Morsi.

Numa mensagem lida na televisão estatal, o exército “reiterou o seu pedido para que as exigências do povo sejam atendidas” e “deu [a todas as partes] 48 horas, como a última oportunidade para assumirem as suas responsabilidades face às circunstâncias históricas que o país enfrenta”.

“Se as reivindicações do povo não forem satisfeitas durante este período, [as forças armadas] irão anunciar um roteiro de ação e medidas para supervisionar a sua aplicação”, indicaram os militares na mesma declaração.

O Egito está profundamente dividido entre os adversários de Morsi, que denunciam uma deriva autoritária do poder destinada a instaurar um regime dominado pelos islamitas, e os apoiadores que querem ver reforçada a legitimidade conquistada nas urnas, na primeira eleição democrática realizada no país.

Após a declaração do exército egípcio, os manifestantes concentrados na praça Tahrir, no centro do Cairo, reagiram de forma eufórica, segundo um testemunho de um jornalista da agência de notícias francesa AFP.

“Morsi não é mais o nosso presidente, Sissi está conosco”, gritaram os manifestantes, numa referência ao general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do exército e ministro da Defesa, cuja fotografia apareceu durante a leitura da declaração televisiva do comando militar.

Momentos antes do anúncio do exército, a instituição islâmica Al-Azhar, a principal do Islã sunita, manifestou a sua preocupação com a presença de indivíduos armados nas manifestações “pacíficas” que abalam o Egito.

“A Al-Azhar segue os acontecimentos com uma profunda preocupação, em particular os relatos sobre vítimas e a detenção de traficantes de armas que parecem ter se infiltrado em manifestações pacíficas”, informou a instituição, num comunicado, temendo que o país enfrente “um novo banho de sangue”.

A mensagem do exército egípcio foi divulgada ao país algumas horas depois de o movimento Tamarod (rebelião em árabe) da oposição egípcia ter dado um prazo de 24 horas ao presidente Mohamed Morsi para abandonar o poder, ameaçando com uma campanha de desobediência civil caso o chefe de Estado insista em ficar.

"Damos a Mohamed Morsi até às 17h (22h no horário de Brasília) de terça-feira, 2 de julho, para abandonar o poder e permitir ao Estado a preparação de eleições presidenciais", referiu o movimento, numa nota divulgada na sua página na Internet.

Caso Morsi se mantenha no poder, o movimento garantiu, no mesmo comunicado, que à hora marcada será dado o "início da desobediência civil".

Também hoje cinco ministros do Governo egípcio entregaram as respetivas cartas de demissão ao primeiro-ministro egípcio, Hicham Qandil.

Estas demissões ocorreram um dia depois de várias cidades do país terem sido palco de violentas manifestações anti-Morsi. Os protestos resultaram em pelo menos 16 mortos, segundo informações do Ministério da Saúde egípcio.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário