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Relatório informa ainda que há 376 presos ligados ao Exército de Libertação Nacional, considerado o segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia

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Governo da Colômbia e Farc estão longe de acordo sobre drogas

Criado em 30/03/14 15h46 e atualizado em 30/03/14 16h04
Por Leandra Felipe Edição:Beto Coura Fonte:Correspondente Agência Brasil/EBC

Terminou sem acordo mais uma rodada de negociação entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), envolvidos em conversações sobre o processo de paz, em Cuba. Não há consenso sobre as drogas ilícitas, assunto em discussão desde novembro do ano passado. Apesar da repressão às drogas, o país é o terceiro produtor mundial de cocaína.

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Os negociadores disseram que avançaram em diferentes aspectos, e que na próxima rodada, prevista para abril, continuarão a analisar o assunto. O problema das drogas ilícitas é o terceiro item da pauta para o diálogo e, os negociadores discutem ideias para combater o narcotráfico e os cultivos ilegais de maconha, coca e papoula.

As Farc defendam a criação de áreas de cultivo para fins medicinais. O governo não descarta a possibilidade, mas estuda mecanismos de regulação. Em algumas regiões, a guerrilha usa o plantio e produção de drogas como fonte de renda para manter-se em conflito.

O negociador do governo colombiano, Humberto de la Calle, disse que a intenção do processo de paz é que a verdade sobre o conflito seja revelada. “Não pode haver fim do conflito sem verdade”, destacou. Ele afirmou que o governo tem reconhecido suas responsabilidades em violações cometidas por militares, e que espera que as Farc também sejam transparentes para com a sociedade.

As declarações de La Calle foram feitas em um momento em que a sociedade civil, os governo e organismos internacionais pedem que a guerrilha revele informações sobre tortura e morte de policiais ocorridas neste mês. As Farc, entretanto, se negaram a entregar os responsáveis pelos assassinatos.

O processo de paz foi iniciado em novembro de 2012, após seis meses de conversas secretas, de aproximação entre as partes. Antes de ser iniciado, o governo e a guerrilha estabeleceram uma agenda de temas que seriam discutidos. São seis itens. Dois deles, o tema agrário e a participação política das Farc, resultaram em acordo. Os negociadores devem terminar a discussão drogas ilícitas e analisar ainda a reparação das vítimas, a desmobilização e reintegração de ex-guerrilheiros e garantias para o cumprimento dos acordos.

A mesa negociadora explica que, apesar dos acordos parciais, "não existe acordo, enquanto não houver consenso sobre todos os temas". Para o governo, sem a conclusão da acordo não é possível aceitar um cessar fogo.

Editor Beto Coura

Creative Commons - CC BY 3.0

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