one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Vulcão Sinabung, na Indonésia

Imagem:

Compartilhar:

Vulcões ajudaram espécies a sobreviver a eras glaciais

Criado em 11/03/14 07h07 e atualizado em 11/03/14 08h04
Por Agência Brasil Edição:Graça Adjuto

O vapor e o calor de vulcões permitiram que espécies de plantas e de animais sobrevivessem em eras glaciais, mostra estudo divulgado hoje (11) e que oferece ajuda aos cientistas que se debruçam sobre as mudanças climáticas.

Uma equipe internacional de investigadores disse que a análise ajuda a explicar um mistério de longa data: como algumas espécies se desenvolveram em áreas cobertas por glaciais, com os vulcões a figurar como oásis durante os longos períodos gelados.

Confira mais notícias sobre ciência e tecnologia

"O vapor vulcânico pode derreter larga quantidade de grutas de gelo sob os glaciares, onde a temperatura pode estar dezenas de graus mais elevada do que no exterior", disse Ceridwen Fraser, que lidera a equipe, da Universidade Nacional Australiana.

Segundo o investigador, grutas e campos de vapor quente podem ter sido excelentes locais para as espécies durante as eras glaciais. "Podemos aprender muito olhando para os impactos de mudanças climáticas anteriores à medida que vamos lidando com a acelerada alteração que o ser humano causa agora", acrescentou.

A equipe estudou milhares de amostras de musgos, líquen e insetos, recolhidos ao longo de décadas por centenas de investigadores, descobrindo que havia mais espécies perto dos vulcões do que as que se encontravam afastadas deles.

Embora o estudo tenha como base a Antártida, as descobertas vão também ajudar os cientistas a perceber de que forma as espécies sobreviveram a "idades do gelo" em outras regiões, incluindo períodos em que se pensava que havia pouco ou nenhum pedaço da Terra livre de gelo.

A Antártida tem, pelo menos, 16 vulcões, ativos desde a última idade do gelo, há 20 mil anos. Verificou-se que cerca de 60% de espécies de invertebrados da Antártida foram encontrados em outros pontos do mundo.

"Quanto mais perto se chega dos vulcões, mais espécies se encontra", disse Aleks Terauds, da Divisão Australiana da Antártida, que fez a análise, reproduzida na publicação Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

"Esse padrão apoia a nossa tese de que as espécies estão expandindo as suas escalas e movem-se gradualmente para fora das áreas vulcânicas desde a última idade do gelo", destacou.

Steven Chown, da Universidade Monash, de Melbourne, que também integra a equipe, disse que as descobertas poderão servir de guia nos esforços de conservação na Antártida.

"Saber onde existiam os ‘hotspots' (pontos quentes) da diversidade irá ajudar-nos a protegê-la, dado que as mudanças climáticas, induzidas pelo homem, continuam a afetar a Antártida", acrescentou.

*Com informações da Agência Lusa

Editora - Graça Adjuto

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário