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"Saúde está no centro da redução do risco de desastres"
Criado em 17/03/15 10h19
e atualizado em 17/03/15 10h42
Por Laura Gelbert
Fonte:Rádio ONU
Para representantes da Organização Mundial da Saúde, OMS, o surto de ebola, as fortes tempestades na região da Ásia e Pacífico e conflitos como na Síria são lembretes de que a saúde e sistemas mais fortes devem estar no centro do novo marco para gestão de desastres. O tema está sendo discutido em Sendai, no Japão.
Falando a jornalistas na Terceira Conferência Mundial sobre Redução do Risco de Desastres, o diretor-geral assistente para emergências da OMS, Bruce Aylward, afirmou que "saúde e redução de risco de desastres estão profundamente conectados".
Resiliência
Ele mencionou que o objetivo é chegar a um novo acordo para gestão do risco de desastres que reduza a mortalidade e as perdas econômicas. Este vai suceder o firmado há 10 anos em Hyogo, também no Japão.
Ao lado de outros representantes da OMS e do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, Aylward afirmou que "este acordo é muito diferente do visto em Hyogo porque não é só apenas sobre proteger a saúde das pessoas, mas também o reconhecimento de que a saúde está no centro da redução do risco de desastres".
Índice de Segurança Hospitalar
Ele afirmou que a OMS deve garantir que o novo acordo lide de forma mais efetiva com questões de saúde. Em Sendai, a agência vai destacar iniciativas importantes incluindo esforços para garantir medidas de alerta precoce para detectar e responder a surtos de doenças e pandemias de forma rápida e eficaz.
A OMS acelerou seu "índice de segurança hospitalar" para lançamento em Sendai. Segundo o especialista, essa ferramenta aponta 151 indicadores específicos para governos e ministérios da saúde.
Este forncece um panorama da probabilidade de que um hospital ou instalação de saúde continue funcionando em situações de emergência, com base em diversos fatores, incluindo o meio ambiente e a rede de sistema de saúde a qual ele pertence.
Tufão
Ele mencionou que quando o tufão Ruby atingiu as Filipinas no ano passado nenhuma instalação médica foi destruída. A razão, segundo o especialista, seriam principalmente as lições aprendidas e medidas postas em prática após o tufão Haiyan, que destruiu cerca de 600 instalações de saúde.
O diretor-geral assistente para emergências da OMS afirmou que a questão é sobre "mais do que edifícios. Aylward destacou que a gestão do risco de desastres também inclui garantir que sistemas de saúde inteiros possam funcionar de forma adequada e eficaz em casos de crises ou pandemias.
Os especialistas ressaltaram que sistemas de saúde resilientes podem reduzir vulnerabilidades, proteger instalações e serviços de saúde e aumentar a resposta para atender necessidades de saúde em desastres.
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