one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Governo líbio pede ajuda internacional para conter o Estado Islâmico

Criado em 01/06/15 12h50 e atualizado em 01/06/15 12h55
Por Da Agência Lusa Fonte:Agência Brasil

O governo da Líbia reconhecido pela comunidade internacional pediu ajuda externa contra o avanço do grupo extremista Estado Islâmico no país. As autoridades líbias receiam que se repita no país situação semelhante à do Iraque, onde os jihadistas controlam grandes áreas.

“As cidades líbias estão sob uma ameaça crescente deste grupo e vai tornar-se difícil combatê-lo, como no Iraque”, disse o primeiro-ministro, Abdallah Theni, em entrevista, ontem (31), em Al-Baida, no Leste da Líbia. A cidade está localizada entre Tobruk, sede do seu governo, e Darna, onde se refugiou por causa da crescente insegurança.

“Surpreende-nos que a comunidade internacional não tenha tomado uma posição firme face ao que se passa na Líbia”, acrescentou o primeiro-ministro.

O chefe do governo voltou a pedir o levantamento do embargo de armas imposto ao país.

No final de fevereiro, o governo de Theni já tinha pedido às Nações Unidas (ONU) o levantamento do embargo. Representantes do Conselho de Segurança pronunciaram-se contrários a reivindicação afirmando recear que as armas alimentem os confrontos num país em guerra civil desde 2011.

O Estado Islâmico, que controla grandes áreas na Síria e no Iraque, tomou no fim de semana o Aeroporto Internacional de Sirte (450 quilômetros a leste da capital, Trípoli) e ameaça assumir o controle das estruturas petrolíferas da região.

O governo rival ao de Abdallah Theni, instalado em Trípoli e que não é reconhecido pela comunidade internacional, lançou no nesse domingo um apelo semelhante, pedindo ajuda internacional diante “a este perigo iminente” que representam os jihadistas.

Responsáveis em Sirte afirmam que o Estado Islâmico se aliou com simpatizantes do regime de Muammar Kadhafi, deposto em 2011, para ocupar a região.

A preocupação com os avanços do Estado Islâmico na Líbia já foi manifestada na semana passada pelo enviado especial da ONU para a Líbia, Bernardino León, responsável pelo processo de paz.

Segundo o diplomata, “o tempo esgota-se” para a Líbia e para o processo de paz, uma vez que apesar de os dois governos – de Trípoli e de Tobruk – estarem de acordo em 80%, falta fechar as questões mais complexas.

Ambos os governos defendem a política como única solução. León admite, no entanto, que será difícil alcançá-la nas novas negociações previstas para esta semana, no Marrocos.

“A Líbia está à beira do colapso econômico e financeiro. Enfrenta grandes ameaças de segurança devido à guerra civil e ao Daesh (Estado Islâmico do Iraque e do Levante)”, disse León.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário