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Marílson pronto para surpreender africanos na Maratona
Criado em 11/08/12 19h54
e atualizado em 11/08/12 20h01
Por Moreno Bastos
Londres - Se não é favorito, Marílson dos Santos também não pode ser considerado azarão. Neste domingo (12), o maratonista brasileiro, bicampeão da maratona de Nova York e tricampeão da São Silvestre, disputa a prova mais tradicional dos Jogos Olímpicos com uma dura missão: superar a legião de africanos que domina a prova mais longa do atletismo mundial, com 42,195km.
Há cerca de quatro meses, Marilson teve chance na mesma cidade. Na maratona de Londres, em abril, ficou na oitava posição, sendo o único corredor não africano entre os 10 primeiros colocados. A dificuldade não intimida Marilson, que aos 35 anos, tem em Londres sua última chance em defender o país na prova olímpica.
“O domínio dos africanos é uma tendência. Não é só na Olimpíada, mas principalmente nas grandes provas. Mas a gente sabe que em maratonas pode acontecer de tudo. É uma prova em geral, aberta. Já vimos favoritos desistirem em outras ocasiões”, afirmou.
Um exemplo foi a prova dos Jogos de Atenas em 2004, quando o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima liderou boa parte da prova, até ser atacado pelo ex-padre Cornelius "Neil" Horan. Quem venceu foi o italiano Stefano Baldini, contra os prognósticos.
Outro motivo que faz Marilson estar animado para a chegada da disputa é o fato dele não ter terminado a maratona em Pequim 2008, sua estreia. O trabalho com o técnico Adauto Domingues vem sendo focado nos Jogos desde o fim da maratona de Londres. O objetivo era fazer Marílson chegar com “fome” de correr a maratona olímpica. Agora é controlar a ansiedade.
“É um dia muito especial. É a prova que encerra os Jogos Olímpicos. É uma dádiva que não é todo mundo que pode ter e tenho que aproveitar. Tem que controlar a ansiedade.”
Além de Marílson, o Brasil será representado por mais dois atletas: Franck Caldeira e Paulo Roberto Almeida.
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