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Transporte é desafio que une Rio 2016 a Londres
Criado em 03/08/12 15h12
e atualizado em 03/08/12 16h02
Por Moreno Bastos e Bernardo Medeiros
Cidades com diferentes características, Londres e Rio de Janeiro possuem uma ideia em comum no trabalho de organização dos Jogos Olímpicos: transformar a cidade a partir do maior evento esportivo do planeta. As duas metrópoles têm trabalhado juntas em diversas áreas relativas às Olimpíadas de 2012 e a de 2016. Seminários, intercâmbios e parcerias fizeram com que Sebastian Coe, presidente do Locog (Comitê Organizador dos Jogos Londrinos, já tenha dito que “nunca duas cidades trabalharam tão próximas para a realização da Olimpíada.”
No setor de transporte também há paralelos entre as cidades. A capital inglesa, já dona de um grande sistema integrado, ampliou estações e suas linhas de metrô, trens e ônibus para integrar a cidade à zona de Stratford, local do Parque Olímpico.
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Antes uma região degrada, repleta de antigas fábricas e galpões, Stratford foi reformulada em pouco mais de cinco anos e hoje se tornou uma valorizada área na zona leste de Londres. Peça principal para essa mudança foi a ampliação do terminal, transformado em multimodal.
Se não é uma zona de problemas de degradação ambiental, como Stratford, a Barra da Tijuca, local onde começa a ser construído o Parque Olímpico de 2016, possui outra particularidade. Região de expansão da Cidade Maravilhosa, o local tem como grande entrave a distância para o centro.
Para acabar com o problema, a prefeitura do Rio de Janeiro aposta em uma solução mais rápida e barata: os BRTs (Bus Rapid Transit) serão o carro chefe para a reformulação do sistema de transporte carioca.
Das obras visando melhorias na cidade para a Olimpíada, a construção das linhas do BRT é das mais adiantadas. Serão 150 km divididos em quatro linhas. A maior delas, a Transoeste, já teve parte concluída. Linhas de metrô também serão ampliadas. O projeto consiste ainda na criação do VLT (Veículos Leve de Transporte), além de obras estruturais em zonas importantes da cidade, como próximas ao Aeroporto do Galeão.
"Em qualquer cidade que recebe os Jogos, o transporte é sempre o maior desafio. Estou plenamente convencido de que nosso sistema vai operar bem. É o projeto de transporte mais completo já desenvolvido no Rio" disse nesta sexta-feira (3) o diretor do comitê olímpico Rio2016, Leonardo Gryner, em evento na Casa Brasil, em Londres.
E, se em Londres uma única região foi completamente remodelada - as demais instalações estão em locais já desenvolvidos, no Rio, a região portuária também passará por forte revitalização. Mesmo sem receber eventos esportivos, o histórico local, no centro da cidade, receberá novos sistemas de transporte, áreas comerciais e culturais e aumentará sua capacidade para receber embarcações. O "Porto Maravilha" será ponto de atracação para navios, que vão servir como hotéis, aumentando a capacidade hoteleira da cidade em até 10 mil quartos.Além das obras, o dirigente afirma que a reformulação no transporte carioca será complementado por um plano operacional especialmente criado para a época dos Jogos e campanhas de conscientização para o relacionamento da população com o transporte público.
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