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Daniel Dias superou recorde de medalhas em Londres

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Maior medalhista paralímpico, Daniel Dias já pensa no Rio de Janeiro

Criado em 09/09/12 17h54 e atualizado em 09/09/12 18h18
Por Moreno Bastos Fonte:Portal EBC

Daniel Dias superou recorde de medalhas em Londres
Daniel Dias superou recorde de medalhas em Londres (Moreno Bastos)

Sob o sol, em frente a uma das portas do terminal de Stratford, imprensa e fãs disputavam os medalhistas brasileiros no último dia dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. Um deles se destacava, e muito.

Com o pescoço recheado pelas seis medalhas de ouro ganhas nas provas individuais que disputou, Daniel Dias, de 24 anos, vivenciava seu primeiro dia longe das piscinas, após confirmar ser o maior atleta paralímpico brasileiro e um dos grandes esportistas do país. Até agora são 15 medalhas paralímpicas (10 de ouro, 4 prata e 1 de bronze) acumuladas.

Atração principal dos admiradores e jornalistas que estavam no local, atrás de fotos ou palavras do campeão, Dias abdicou da falsa modéstia ao comentar seus feitos na capital londrina. “Esperava conquistar seis medalhas individuais, sim. Mas não todas de ouro. Foi um sonho”, afirmou Dias, feliz e mais satisfeito do que surpreso com os resultados: seis medalhas de ouro, quatro recordes mundiais e um paralímpico.

Sonho que Dias começou a realizar em 2008, na China, quando estreou em Jogos Paralímpicos. Já campeão e medalhista em mundiais, ele chegou como principal revelação da delegação brasileira, mas ainda à sombra de Clodoaldo Silva, que vinha de seis ouros e uma prata em Atenas 2004.

A transformação de aposta para protagonista começou ao vencer e bater o recorde mundial dos 100m livre classe S5. Silva, que havia saído da classe 4 para a 5, foi apenas o quinto. Na despedida de Pequim, Dias, com nove medalhas, tornava-se o grande nome da natação paralímpica brasileira.

Dias prefere a modéstia para comentar a alternância de “status”, natural dentro do esporte. E, apesar de não se achar o grande destaque brasileiro nos Jogos Paralímpicos, não deixa de lembrar dos feitos de Clodoaldo Silva, o atleta que o fez ter vontade de entrar na água, em 2004.

“Não me vejo como o 'cara'. Temos grandes atletas, como o Alan (Fonteles, velocista), o André Brasil (também nadador), assim como tivemos o Clodoaldo (Silva). Fico feliz em participar em fazer parte da historia dos esportes paralimpicos e mundial”, explica o nadador, que observa a melhora nos investimentos e organização do esporte paralímpico nacional.

“Estamos chegando no ideal para o esporte paralímpico. O Clodoaldo brigou muito por isso e melhorou muito. Nestes Jogos ficamos em sétimo lugar. Imagina se tivéssemos mais? É algo a se pensar para podermos detonar lá no Rio (2016)”, explicou o atleta, que treina em Bragança Paulista, interior de São Paulo.

Creative Commons - CC BY 3.0 -

E o Rio de Janeiro, que receberá a próxima grande festa do esporte, em 2016, já está na cabeça de Dias. Tanto que ele antecipou o casamento, marcado anteriormente para 2013, mas que será celebrado ainda neste ano – tudo para fazer a melhor preparação para a Rio 2016. Os planos, por enquanto, não foram definidos. Dias não sabe quantas provas irá disputar, por exemplo.

Em Londres, trocou a quantidade pela qualidade: Se em Pequim conseguiu oito medalhas nas todas as provas individuais que disputou, na capital inglesa, ele foi ouro nas seis provas individuais que participou.

“A gente vai sentar para fazer um projeto de quaro anos. Agora vou curtir esse momento para fazer o planejamento, o que podemos fazer”, afirmou Dias, que em suas entrevistas costuma dizer que não nada para ganhar medalhas e glórias. Mas sim para melhorar suas marcas.

Ao ganhar seis medalhas de ouro e bater quatro recordes mundiais e um paralímpico em Londres 2012, melhorar seus tempos será realmente seu maior desafio daqui para frente.

Creative Commons - CC BY 3.0

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