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Alberto Dines, Observatório da Imprensa

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Especialistas ressaltam necessidade de engajamento global em COP 17

Criado em 06/11/15 17h31 e atualizado em 06/11/15 17h56
Por Observatório da Imprensa Fonte:TV Brasil

Brasília - A 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-17) que será realizada em Paris em dezembro foi o tema do Observatório da Imprensa dessa semana. Na ocasião os 196 países integrantes da ONU tentarão chegar a um consenso sobre como lidar com as mudanças climáticas.

Assista À íntegra do programa:

Entrevista do programa, o ambientalista Sergio Besserman, professor do departamento de economia e engenharia ambiental da PUC/RS considera que esse é um momento fundamental para realizar um planejamento de longo prazo. 

"É um momento de definição quase do que é o próprio humano, se a consciência humana é capaz desse tipo de visão de transformar isso em ação ou se nós somos efetivamente imediatistas e cuidamos dos nossos problemas e o pessoal da frente é que se vire".

Para Besserman pela primeira vez se impõe na Conferência a necessidade de uma decisão "necessariamente global", mas alerta para a falta de obrigação do cumprimento das metas acordadas. 

Mesmo na hipótese de termos um bom acordo em Paris no sentido de somar contribuições nacionais capazes de limitar as emissões num patamar razoávelnão há obrigação nenhuma. Não há penalidade pra quem não cumprir e se tiver é teatro.

Ele considera que a conta do aquecimento global precisa ser compartilhada entre os países de acordo com a realidade de cada um. 

É preciso que o preço de esquentar o planeta entre no preço de tudo. Isso é  uma gigantesca revolução, se todo mundo fosse igual em carbono tudo bem, mas  é muito diferente entre países, empresas, setores, cidades, etc. Cada um tem que se ajustar a uma nova realidade muito subitamente.

 

Para Thelma Krug, vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o mais importante na decisão da Conferência não é o quantitativo de redução por parte dos países mas o engajamento que eles terão para concretizar essa meta.  

Já houve essa meta de longo prazo dessa redução, mesmo que haja um descompasso entre a urgência e as ações, existe essa trajetória. O que Paris vai trazer é esse compromisso de engajamento de todos os países, sejam eles desenvolvidos ou em desenvolvimento, de se engajar nos esforços de redução de emissões de uma forma global.

 

Ela também considera que esse esforço global passa por dividir as responsabilidades do cumprimento das metas de acordo com a realidade de cada país. 

Essas ações de mitigação urgentes vão demandar um esforço financeiro também grande e obviamente esta conta vai ter de ser compartilhada. Não é só a questão de conta do monetário, mas também de transferência de tecnologia, de capacitação, um leque de elementos que deverão ser tratadas em Paris, e eu espero que venha a levar a uma conclusão ao final dela.

Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima em São Paulo, destaca a importância do acordo sinalizado pelos presidentes de Estados Unidos e China para viabilizar um caminho de menor emissão de gás carbônico poucos meses antes do início da Conferência para o andamento das negociações em Paris. 

Movimentos como esse das duas maiores economias do mundo que também são os países que mais emitem gás de efeito estufa são extremamente relevantes. Esse movimento político tem um peso sigtnificativo pra estimular a resposta de outros países. Desde o ano passado existe essa aproximação entre EUA e China, creio que os governos dos dois países sabem e sabiam muito bem que estariam no foco de atenção por serem os dois maiores emissores, embora haja diferenças muito grandes entre o grau de eficiência de um e de outro.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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